quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Janeiro: Momento certo para sair da inadimplência


Erros de consumidores e empresários durante janeiro


Décimo terceiro ainda na mão, dinheiro das férias, bônus ou prêmios de fim de ano, tudo isso pode render ou durar até janeiro. Mas o consumidor e o comércio se comportam diferentemente durante essa espera. Enquanto o comércio e o varejo se planejam, o consumidor tende a decidir o que vai fazer, geralmente tomado pela euforia, apenas na hora em que as promoções brilham aos olhos. As férias escolares são outro estímulo às viagens nas primeiras semanas do ano.
O planejamento do turismo, do comércio e do varejo é pautado por um fio condutor: Como fazer o consumidor gastar mais. Já o efusivo comportamento do consumidor é randômico, e ir à forra e se “vingar” do ano cansativo nas compras ou nas viagens é seu primeiro impulso.

Tanto para empresários quanto para os consumidores, é nessa época do ano que mora o perigo da inadimplência, pois muitos não se dão conta que ter mais dinheiro entrando, não quer dizer necessariamente que esse dinheiro está livre ou sobrando.

Embora o risco de inadimplência seja maior para o consumidor, ele também existe para o comerciante ou para as empresas. Quando um empresário do ramo do varejo compra produtos para revender no período do fim do ano, ele tem que ter em mente que há um risco de as vendas não serem excelentes. Esse risco somado às faturas que ele tem que pagar e aos meses magros de janeiro e fevereiro, são uma situação muito propícia para endividamentos empresariais, sobretudo se esse empresário achar que o dinheiro que entrou deve ser gasto sem qualquer planejamento para aumentar o negócio, ampliar a loja, fazer uma reforma, sair contratando mais mão de obra, etc.

A sedutora sensação de crescimento e de melhora dos negócios nos últimos meses do ano deve ser analisada com cautela, para que as primeiras despesas de janeiro possam ser pagas. É melhor usar o dinheiro que entrou para quitar títulos e pagar os credores, que muitas vezes reinvestir ou renovar o estoque. O ano sempre começa um pouco mais difícil para o comércio e, ao empresário, é melhor que inicie um novo ano sem dívidas e com suas relações comerciais restabelecidas com os credores.

Para o consumidor, as coisas não são muito diferentes. Com o dinheiro do décimo terceiro salário circulando, esse deveria ser o momento de pagar aos credores, de pagar os empréstimos, de pagar o cartão de crédito e se possível até antecipar o pagamento de algumas despesas de janeiro e fevereiro, como a matricula das crianças ou o material escolar, bem como, IPVA, impostos e multas atrasadas.

Tenham a certeza, tanto empresários quanto consumidores, que é no último e no primeiro mês do ano que o seu credor está mais aberto a renegociar dívidas, porque ele sabe que há mais dinheiro em sua conta e ele quer receber, mesmo que tenha que fazer acordos. Ou seja, ele está mais amigável para uma renegociação, pois sabe que se oferecer condições melhores, será o primeiro a receber de vocês. Costumo dizer que se um inadimplente tem 10 faturas para pagar e ele tiver que escolher, escolherá o credor que chegar primeiro e de forma mais amistosa.

Por outro lado, para os credores, também não poderia deixar de dar uma preciosa dica: “Quem chega primeiro na fonte, bebe água mais fresca”. Aproveite que o décimo terceiro e os bônus ainda estão circulando em janeiro e, caso você não tenha um braço de cobrança especializado em sua empresa, procure por um especialista em recuperação de crédito. Em décadas atuando neste segmento, posso assegurar que o tempo mais propício para receber títulos, se for bem trabalhado, é assim agora.







Sidney Almeida - mestre em Administração de Empresas, especialista em Marketing e conta com uma sólida trajetória de mais de 35 anos no setor de cobrança empresarial, tendo portanto grande renome no mercado e experiência, o que o coloca entre os grandes especialistas em questões ligadas à recuperação de créditos entre Pessoas Jurídicas (PJ). Empreendedor, preside a Hold Brasil, uma das cinco maiores empresas do segmento no país. Tem sua trajetória reconhecida nacionalmente, mas principalmente nos mercados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco.



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