Descuido com a pele durante a exposição ao sol e o
envelhecimento da população são as principais causas do crescimento do número
de casos
O verão chegou. Época de
férias, de muito sol, passeios ao ar livre, praias e piscina. Por isso é bom se
proteger de um inimigo oculto que pode se manifestar de repente: o câncer de
pele. Cuidado com a exposição ao sol, sem proteção. Os danos causados pelos
raios UVA e UVB têm efeito cumulativo na pele, que começam na infância. Quanto
mais vermelhões ou bolhas na pele, maiores as chances de adquirir câncer de
pele no futuro.
A exposição frequente à luz solar, sem proteção, contribui para a maioria dos casos de melanomas e carcinomas. A atenção deve ser redobrada em períodos do dia – entre às 10h e às 16h - em que o índice de radiação ultravioleta chega a níveis extremos.
Em dez anos, o número de mortes em decorrência de câncer de pele aumentou 55% no Brasil. São cerca de 180 mil novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), e ainda acredita-se que este número deva ser muito maior. Os tipos mais comuns, os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, embora tenham baixa letalidade, são extremamente frequentes.
“Gerações que tiveram grande exposição ao sol sem proteção estão ficando mais velhas e desenvolvendo a doença. Por ser considerado um câncer ‘sem gravidade’, muitas vezes alguns sinais e lesões na pele são negligenciados pelos pacientes e também pelos próprios médicos. Porém, o quanto antes um carcinoma for diagnosticado, mais rápido será o tratamento, reduzindo o risco de maiores complicações”, explica o dermatologista José Jabur, especialista em câncer de pele, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista.
O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Mais agressivo e letal, o melanoma surge, geralmente, com o aspecto de uma pinta escura. Já os não melanomas, divididos em carcinoma basocelular e espinocelular, costumam aparecer sob a forma de pequenas lesões que não cicatrizam, crescem progressivamente e às vezes podem sangrar com facilidade. Eles podem aparecer praticamente em todas as partes da pele, mas são mais frequentes nas áreas que são cronicamente expostas ao Sol, como rosto, orelhas, couro cabeludo, braços e ombros. O carcinoma basocelular é especialmente frequente no nariz.
“O carcinoma já foi considerado um tipo de câncer de pele exclusivo de pessoas mais velhas, com mais de 60 anos. Mas nas últimas décadas, com a frequente exposição dos jovens aos raios solares e a forte irradiação solar - o Brasil é o país que mais recebe irradiação solar em todo o mundo por estar localizado próximo à linha do Equador -, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. Muitos jovens já estão sendo diagnosticados com carcinoma.”, explica o Dr. Jabur.
O carcinoma basocelular tem um crescimento lento e raramente se espalha para linfonodos (que são os chamados gânglios linfáticos) ou outras partes do corpo. Mas fica o alerta:
“Quando diagnosticado e tratado corretamente, o carcionoma basocelular tem altíssimo índice de cura. Mas se o diagnóstico for tardio ou se ele for tratado de maneira incorreta, as recidivas se tornam mais frequentes e o tumor pode se tornar um problema muito sério”, ressalta o médico, que complementa: “já os carcinomas espinocelulares são mais propensos a se disseminar, da pele, para os linfonodos. Geralmente surgem em áreas com sinais de danos provocados pelo sol, como rugas, manchas marrons e vermelhas e outros. Também aparecem na forma de feridas que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem também ser confundidos com verrugas”, esclarece.
O câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Deve-se suspeitar de lesões na pele que tenha surgido geralmente há meses, que não cicatrizam de modo habitual, e que podem ter o aspecto de uma mancha vermelha, um nódulo ou ferida que sangra ou forma crosta. Diante de lesões suspeitas, é preciso procurar um dermatologista para o diagnóstico e tratamento. É importante saber que atualmente temos dermatologistas especializados no tratamento do câncer da pele. Quanto mais precoce for o diagnóstico, e mais cedo for instituído o tratamento correto, melhores serão os resultados”, conclui o especialista em câncer de pele, da clínica Altacasa.
O que aumenta o risco de câncer de pele?
- Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e adolescência.
A exposição frequente à luz solar, sem proteção, contribui para a maioria dos casos de melanomas e carcinomas. A atenção deve ser redobrada em períodos do dia – entre às 10h e às 16h - em que o índice de radiação ultravioleta chega a níveis extremos.
Em dez anos, o número de mortes em decorrência de câncer de pele aumentou 55% no Brasil. São cerca de 180 mil novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), e ainda acredita-se que este número deva ser muito maior. Os tipos mais comuns, os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, embora tenham baixa letalidade, são extremamente frequentes.
“Gerações que tiveram grande exposição ao sol sem proteção estão ficando mais velhas e desenvolvendo a doença. Por ser considerado um câncer ‘sem gravidade’, muitas vezes alguns sinais e lesões na pele são negligenciados pelos pacientes e também pelos próprios médicos. Porém, o quanto antes um carcinoma for diagnosticado, mais rápido será o tratamento, reduzindo o risco de maiores complicações”, explica o dermatologista José Jabur, especialista em câncer de pele, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista.
O câncer de pele é caracterizado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Mais agressivo e letal, o melanoma surge, geralmente, com o aspecto de uma pinta escura. Já os não melanomas, divididos em carcinoma basocelular e espinocelular, costumam aparecer sob a forma de pequenas lesões que não cicatrizam, crescem progressivamente e às vezes podem sangrar com facilidade. Eles podem aparecer praticamente em todas as partes da pele, mas são mais frequentes nas áreas que são cronicamente expostas ao Sol, como rosto, orelhas, couro cabeludo, braços e ombros. O carcinoma basocelular é especialmente frequente no nariz.
“O carcinoma já foi considerado um tipo de câncer de pele exclusivo de pessoas mais velhas, com mais de 60 anos. Mas nas últimas décadas, com a frequente exposição dos jovens aos raios solares e a forte irradiação solar - o Brasil é o país que mais recebe irradiação solar em todo o mundo por estar localizado próximo à linha do Equador -, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. Muitos jovens já estão sendo diagnosticados com carcinoma.”, explica o Dr. Jabur.
O carcinoma basocelular tem um crescimento lento e raramente se espalha para linfonodos (que são os chamados gânglios linfáticos) ou outras partes do corpo. Mas fica o alerta:
“Quando diagnosticado e tratado corretamente, o carcionoma basocelular tem altíssimo índice de cura. Mas se o diagnóstico for tardio ou se ele for tratado de maneira incorreta, as recidivas se tornam mais frequentes e o tumor pode se tornar um problema muito sério”, ressalta o médico, que complementa: “já os carcinomas espinocelulares são mais propensos a se disseminar, da pele, para os linfonodos. Geralmente surgem em áreas com sinais de danos provocados pelo sol, como rugas, manchas marrons e vermelhas e outros. Também aparecem na forma de feridas que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem também ser confundidos com verrugas”, esclarece.
O câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“Deve-se suspeitar de lesões na pele que tenha surgido geralmente há meses, que não cicatrizam de modo habitual, e que podem ter o aspecto de uma mancha vermelha, um nódulo ou ferida que sangra ou forma crosta. Diante de lesões suspeitas, é preciso procurar um dermatologista para o diagnóstico e tratamento. É importante saber que atualmente temos dermatologistas especializados no tratamento do câncer da pele. Quanto mais precoce for o diagnóstico, e mais cedo for instituído o tratamento correto, melhores serão os resultados”, conclui o especialista em câncer de pele, da clínica Altacasa.
O que aumenta o risco de câncer de pele?
- Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e adolescência.
- Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino.
- Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele.
- Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma.
- Indivíduos com sistema imune debilitado
- Exposição à radiação artificial
Como se prevenir da doença?
- Praticar uma exposição solar consciente. E saber que radiação solar em excesso é, sim, prejudicial à saúde.
- Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h.
- Sempre que possível, ficar em lugares com sombra.
- Ao frequentar lugares ao ar livre, usar roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
- Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 30, no mínimo. Não esquecer de áreas com orelhas e lábios.
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