Procedimentos
minimamente invasivos são opções viáveis no tratamento do câncer de fígado
O cirurgião vascular e radiologista
intervencionista Dr. Airton Mota Moreira responde sobre o tema
A cirurgia é uma
das principais aliadas dos tratamentos oncológicos. Segundo levantamento
recente publicado na revista científica The Lancet, mais de 80% dos cânceres necessitam de
algum tipo de cirurgia. Da mesma forma, novos tratamentos minimamente invasivos
como a embolização de tumores, particularmente a do fígado, são importantes
técnicas auxiliares. A técnica de embolização, quando bem indicada, pode ser
extremamente efetiva contra o câncer.
O cirurgião vascular e radiologista intervencionista
Dr. Airton Mota Moreira, da Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e
Pesquisa (CRIEP) e especialista titulado pela Sociedade Brasileira de Radiologia
Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE), responde sobre o tema.
O que é Embolização do Tumor de Fígado?
É um procedimento realizado para o tratamento de
tumores originados no próprio fígado ou vindos de outras regiões como intestino
delgado ou grosso, pâncreas ou de regiões que podem produzir metástase para o
fígado. Este procedimento é feito por meio da punção arterial femoral na
virilha. Um cateter é introduzido até a região do fígado, sob visão do raio
X, quando se adentra de forma seletiva nos vasos dos tumores. Desse modo
são aplicadas partículas e medicações no local para bloquear a circulação e
matar as células tumorais.
Há Tipos diferentes de Embolização do Fígado?
Sim, existem tipos diferentes de embolização. Em
geral, a embolização é feita com o uso de micropartículas, uma espécie de areia
que bloqueia os vasos do tumor. Quando associamos esses materiais a
quimioterápicos, a embolização é chamada de quimioembolização, que é a associação do
efeito do bloqueio da circulação do tumor pelas pequenas partículas e das
drogas injetadas. Enquanto, a indicação para embolização dependerá da
manutenção do bom funcionamento fígado, estado geral do paciente e na extensão
de acometimento, o tipo de embolização a ser utilizado dependerá do tipo de
tumor.
Com indicação mais especifica, há outros tipos menos
conhecidos de embolização, como a Radioembolização,
que consiste na aplicação de pequenas micropartículas radioativas na circulação
do tumor, fazendo um tipo de radioterapia por dentro dos vasos.
Que profissional está apto para realizá-lo?
As embolizações do fígado devem ser feitas
preferencialmente por profissionais capacitados e qualificados pela Sociedade
Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE).
Como é o pós-operatório deste tratamento?
A embolização, ao produzir a oclusão dos vasos do
tumor, pode determinar alguns efeitos colaterais como febre, elevação
dos glóbulos brancos e eventuais dores na região do abdômen onde é feito o
tratamento. Estes sintomas são de baixa gravidade e serão tratados com
medicações sintomáticas. Por isso, o acompanhamento deve ser próximo,
principalmente nas duas semanas subsequentes.
Dr. Airton Mota Moreira – especialista em
Angiorradiologia e radiologista intervencionista do Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, CRIEP,
iniciou sua formação no Piauí, onde completou graduação em Medicina no ano de
1990 pela Universidade Federal local (UFPI). Residência Médica credenciada pelo
MEC em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular Periférica. Obteve o Título de
Especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade
Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE).
CRIEP
- Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e
Pesquisa
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