terça-feira, 30 de outubro de 2018

Embolização do Tumor de Fígado


Procedimentos minimamente invasivos são opções viáveis no tratamento do câncer de fígado

O cirurgião vascular e radiologista intervencionista Dr. Airton Mota Moreira responde sobre o tema


A cirurgia é uma das principais aliadas dos tratamentos oncológicos. Segundo levantamento recente publicado na revista científica The Lancet, mais de 80% dos cânceres necessitam de algum tipo de cirurgia. Da mesma forma, novos tratamentos minimamente invasivos como a embolização de tumores, particularmente a do fígado, são importantes técnicas auxiliares. A técnica de embolização, quando bem indicada, pode ser extremamente efetiva contra o câncer. 

O cirurgião vascular e radiologista intervencionista Dr. Airton Mota Moreira, da Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa (CRIEP) e especialista titulado pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE), responde sobre o tema.


O que é Embolização do Tumor de Fígado?

É um procedimento realizado para o tratamento de tumores originados no próprio fígado ou vindos de outras regiões como intestino delgado ou grosso, pâncreas ou de regiões que podem produzir metástase para o fígado. Este procedimento é feito por meio da punção arterial femoral na virilha. Um cateter é introduzido até a região do fígado, sob visão do raio X, quando se adentra de forma seletiva nos vasos dos tumores. Desse modo são aplicadas partículas e medicações no local para bloquear a circulação e matar as células tumorais.


Há Tipos diferentes de Embolização do Fígado?

Sim, existem tipos diferentes de embolização. Em geral, a embolização é feita com o uso de micropartículas, uma espécie de areia que bloqueia os vasos do tumor. Quando associamos esses materiais a quimioterápicos, a embolização é chamada de quimioembolização, que é a associação do efeito do bloqueio da circulação do tumor pelas pequenas partículas e das drogas injetadas. Enquanto, a indicação para embolização dependerá da manutenção do bom funcionamento fígado, estado geral do paciente e na extensão de acometimento, o tipo de embolização a ser utilizado dependerá do tipo de tumor.  

Com indicação mais especifica, há outros tipos menos conhecidos de embolização, como a Radioembolização, que consiste na aplicação de pequenas micropartículas radioativas na circulação do tumor, fazendo um tipo de radioterapia por dentro dos vasos.


Que profissional está apto para realizá-lo?

As embolizações do fígado devem ser feitas preferencialmente por profissionais capacitados e qualificados pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE).


Como é o pós-operatório deste tratamento?

A embolização, ao produzir a oclusão dos vasos do tumor, pode determinar alguns efeitos colaterais como febre, elevação dos glóbulos brancos e eventuais dores na região do abdômen onde é feito o tratamento. Estes sintomas são de baixa gravidade e serão tratados com medicações sintomáticas. Por isso, o acompanhamento deve ser próximo, principalmente nas duas semanas subsequentes.





Dr. Airton Mota Moreiraespecialista em Angiorradiologia e radiologista intervencionista do Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, CRIEP, iniciou sua formação no Piauí, onde completou graduação em Medicina no ano de 1990 pela Universidade Federal local (UFPI). Residência Médica credenciada pelo MEC em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular Periférica. Obteve o Título de Especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SoBRICE).


CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa


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