quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Qual a importância de se tornar um doador de órgão?


De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o número de doações de órgãos teve um aumento significativo e mostrou que o Brasil vive seu melhor momento nos últimos 20 anos em relação ao assunto. Só em 2016, foram realizados cerca de 25 mil transplantes e, em 2017, esse número chegou a 27 mil

O transplante de órgão, em algumas situações, é a única esperança de sobrevivência e recomeço de vida de um indivíduo, que aguarda ansiosamente por um doador. Por conta disso, em 27 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgão, que foi criado por uma iniciativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com o objetivo de sensibilizar a população sobre a necessidade e a importância de se tornar um doar órgãos.

E você sabe o que é preciso fazer para ser um doador de órgãos e tecidos? Não é necessário qualquer documento ou registro, mas é essencial deixar os familiares avisados sobre o desejo de ser um doador. Somente aquele paciente que teve morte encefálica, ou seja, traumatismo craniano, acidente vascular (AVC), danos cerebrais devido à falta de oxigênio, tumor cerebral, entre outros, é considerado um doador em potencial. Porém, é indispensável que os exames neurológicos demonstrem ausência de reflexos do tronco cerebral, assim como é indispensável um relatório complementar que diagnostique ausência de perfusão sanguínea, de atividade elétrica ou metabólica cerebral do doador.

Após todos os exames feitos, a família do doador é avisada sobre os procedimentos para se realizar a doação do órgão. É nesse momento que a família deve dar a autorização ou não para a remoção do órgão ou tecido. Entre os que podem ser doados estão: ossos, rins, coração, fígado, pulmões, córneas, intestino, pele, tendões, etc. Qualquer pessoa, independente da idade pode ser um possível doar, basta estar com a saúde do órgão em bom estado. E quem fará essa avaliação é médico especializado, que determinará se o indivíduo poderá ser um doador ou não, de acordo com a análise do histórico do paciente.

Além disso, é possível também fazer a doação em vida. A pessoa deve ter mais de 21 anos e estar com a saúde em boas condições. A doação só é realizada após se ter certeza que o transplante não afetará a vida do doador. Os principais órgãos que podem ser doados entre parentes de até quarto grau e com compatibilidade sanguínea são: parte do fígado ou pulmão, rim e medula óssea.

Doar é um dos gestos mais nobres que o ser humano pode ter. Esse ato pode fazer a diferença para aqueles que estão à espera de um doador. Por isso, para ser um doador, basta avisar a família. Seja um Doador! 





Dr. Paulo Feliciano da Silva - médico diarista da UTI Adulto do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo.


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