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Doença caracteriza-se pela inflamação na úvea
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Em alguns casos, pode levar à cegueira
Olho vermelho associado à dor, sensibilidade à luz,
pequenos pontos escuros que se movimentam (moscas volantes) e visão turva são
alguns dos sintomas de inflamação na úvea – conjunto formado pela íris, corpo
ciliar e coroide (membrana com muitos vasos sanguíneos, responsáveis por levar nutrientes
e oxigênio para a retina). Conhecido como uveíte, o problema tem
como principais causas as doenças infecciosas provocadas por vírus, bactérias e
fungos, tais como toxoplasmose, sífilis, tuberculose, aids, entre outras.
Patologias não infecciosas também podem ocasionar a inflamação na úvea, como as
doenças reumáticas (artrite e espondilite anquilosante), doenças tumorais
(leucemia, linfoma e metástases) e até traumas oculares.
Categorias
A uveíte pode afetar um ou os dois olhos, em
qualquer idade, desde o nascimento até a velhice. Anatomicamente, classifica-se
em três categorias, de acordo com a região acometida:
- Anterior: inflamação da íris e do corpo ciliar;
- Posterior: inflamação da retina e da coroide; e
- Intermédia: inflamação na parte anterior da coroide e vítreo (substância incolor e gelatinosa que preenche a cavidade interna do globo ocular).
Segundo a Dra. Renata Esteves Hirata, especialista
em uveíte do H.Olhos – Hospital de Olhos, a doença deve ser tratada logo no
início, pois sua evolução pode causar lesões irreversíveis no globo ocular.
“Após a realização de exames, o oftalmologista irá decidir o melhor tratamento.
Normalmente, é indicado o uso de colírios anti-inflamatórios e medicação
específica para cada situação. Em casos mais severos, pode ser necessária
uma intervenção cirúrgica.”
Dentre as recomendações, a principal é não se
automedicar e procurar um oftalmologista se os olhos estiverem vermelhos e
doloridos. “Em se tratando de crianças, o quadro das uveítes pode apresentar
poucos sinais e sintomas, dificultando aos pais reconhecerem a doença. Por
isso, a consulta de rotina com um especialista é fundamental”, ressalta a Dra.
Renata Esteves Hirata.
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