segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Combate ao fumo: tabaco mata mais de 6 milhões por ano


Especialista da Cia. da Consulta alerta para a principal causa de morte evitável do planeta


            Criado para conscientizar a população dos riscos causados pelo cigarro, o dia 29 de agosto é o Dia Nacional do Combate ao Fumo. A data ressalta a importância de deixar esse vício para trás, uma vez que o tabagismo é considerado o fator de risco mais passível de controle e a principal causa de morte evitável no planeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“Assim como qualquer outra droga, a nicotina atua no nosso sistema nervoso central, levando de 7 a 19 segundos para atingir o cérebro do fumante. Aqueles que não fumam podem viver de 10 a 15 anos mais do que os fumantes”, alerta Elie Fiss, pneumologista da Cia. da Consulta

Não é novidade que a vida tem mais qualidade para aqueles que estão livres do tabaco, mas todos também sabem que tratar a dependência é muito difícil, e a sensação de fracasso após uma tentativa frustrada pode retardar ainda mais esse processo.  Contudo, é importante lembrar que o esforço vale a pena, já que parar de fumar leva a diminuição de mais de 30% das doenças causadas pelo fumo, tais como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVC), neoplasias e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), diminuição que pode chegar a até 90% quando consideramos a DPOC e o câncer de pulmão.

A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, e que o tabaco mata mais da metade de seus usuários. Além disso, se engana quem se considera ileso dos males do cigarro porque não fuma. A notícia triste é que os fumantes por tabela sofrem até mais do que os que fumam, já que a fumaça da ponta do cigarro tem três vezes mais elementos cancerígenos. “O tabaco é a causa da morte de quase 6 milhões de pessoas por ano, das quais mais de 700 mil não são fumantes, por isso, é importante conter os vícios para poupar não só a própria saúde, como também a de todos que convivem de perto com quem tem o hábito do tabagismo”, recomenda o pneumologista. 

Sabendo desses dados, muitas pessoas optam por fumar em locais abertos, contudo esse hábito não é suficiente. “Mesmo com a mudança de ambientes, a nicotina continua eliminando toxinas impregnadas em roupas, cabelo e até pele, isso prova que a solução ainda é buscar um tratamento para deixar o vício de lado”, ressalta Elie. 

Abandonar o tabaco significa, entre todos os benefícios, melhora da capacidade respiratória, melhora da percepção do sabor da alimentação, e, a médio e a longo prazo, reduz o risco de ter doenças graves e fatais de forma significativa. O desafio é grande, mas a sua saúde e a saúde dos que convivem com você agradecem!  


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