Mês de
agosto foi escolhido para tirar dúvidas e conscientizar a população sobre a
condição
O
linfoma é um câncer que afeta o sistema imunológico e se divide em dois grupos:
linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, que abrange mais de 40 tipos de
tumores - as diferenças entre eles está nas características das células
malignas e essa diferenciação só é possível após a biópsia e análise das
células cancerígenas.
No
Brasil, a condição ainda causa muitas dúvidas e por isso a Campanha Agosto
Verde foi criada para conscientizar a população sobre a doença, além de
reforçar a importância do diagnóstico precoce e as opções de tratamento e cura
disponíveis. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a incidência
de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a
mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos
avanços no tratamento.
Como
a Medicina Nuclear pode ajudar
O
aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas) em diversas partes do corpo como
pescoço, porção superior do peito, interior do tórax, axilas, abdome ou
virilha, estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso
central (SNC), é um sintoma do linfoma. Mais comum na idade adulta jovem (entre
25 e 40 anos), a doença tem tratamento e chances de cura, principalmente com um
diagnóstico precoce.
A
Medicina Nuclear tem um papel fundamental na identificação e tratamento dos
linfomas, pois permite a caracterização funcional de tecidos, informações úteis
no seguimento e avaliação de resposta terapêutica dos pacientes. Um dos
principais métodos utilizados é um exame conhecido como PET/CT.
"Ao
permitir a caracterização funcional e metabólica dos tecidos, a Medicina
Nuclear complementa os dados anatômicos de outros métodos de imagens e, desta
forma, auxilia no diagnóstico, acompanhamento e otimização do tratamento dos
pacientes com linfoma", explica o médico nuclear e vice-presidente da
Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho –
responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br).
PET/CT
com rádiofármaco 18F-FDG
O
exame de PET/CT reúne uma Tomografia por Emissão de Pósitrons e uma Tomografia
Computadorizada com radiofármacos que são captados pelas células cancerígenas.
Com isso, o PET/CT consegue localizar os sítios de concentração do câncer, pela
incidência do radiofármaco no organismo.
Para
a identificação do linfoma, o radiofármaco utilizado é o 18F-FDG, administrado
na veia do paciente, que é constituído por uma molécula com estrutura química
muito semelhante à glicose, sendo o radiofármaco mais utilizado em oncologia,
uma vez que as células da maior parte dos tumores malignos expressam aumento da
concentração de glicose.
De
acordo com George Coura, o PET/CT pode ajudar a avaliar se a doença evoluiu
para determinar qual o melhor tratamento para combater o câncer e garantir
maior qualidade de vida ao paciente. "Esta tecnologia nos permite conhecer
a localização exata do câncer e determinar sua extensão, o que possibilita
escolher o tratamento correto para o tipo de lesão", explica o
especialista. O tratamento do linfoma de Hodgkin, por exemplo, consiste em
quimioterapia e radioterapia. Já para o linfoma não-Hodgkin pode ser tratado
com o uso de um anticorpo monoclonal em combinação com quimioterapia (esquema
conhecido como R-CHOP).
Fonte: DIMEN
Nenhum comentário:
Postar um comentário