sexta-feira, 27 de julho de 2018

Mortalidade materna aumenta no Brasil

Índice de mortes de gestantes cresceu em 2016. Estados do Norte são os que apresentam os piores índices


Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam aumento da mortalidade materna. Após anos de queda, em 2016 os índices voltaram a subir e se distanciaram ainda mais da meta acordada, pelo Brasil com a ONU, que era de 35 mortes por 100 mil nascidos vivos, para 2015.

E mais longe ainda do limite tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde, OMS, de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. A situação no Estado de São Paulo também não é diferente, são observadas 47 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos.


Novos dados

Ontem foram divulgados dados do MS que são preocupantes. Em 2015, o País registrou 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, foram mais de 64 óbitos de gestantes por 100 mil.

“A grande maioria das mortes maternas poderia ser evitada, se tivéssemos condição para fazer o diagnóstico rápido, além de investimento na qualificação contínua de recursos humanos.”, afirma Rossana Pulcineli Francisco, presidente da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).

Segundo ela, as principais causas das mortes de gestante são hipertensão, hemorragia e infecção pós-parto e outro fato muito importante é a falta de infraestrutura para atendimento adequado destas mulheres.

Os números agora divulgados apontam que a situação é pior em estados do Norte do Brasil, onde os óbitos aumentaram 11%. Amapá e Maranhão apresentam as taxas mais elevadas de mortalidade.

O Ministério da Saúde alega que o maior obstáculo para a queda no número de óbitos é a falta de leitos obstétricos, mas ressalta que muitos dos leitos destinados às gestantes são ocupados por mulheres que fizeram abortos inseguros. Por ano, são 220 mil internações sendo esta a terceira causa de mortes de gestantes.

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