Segundo
especialista, existe uma relação do cérebro com essa procrastinação
Muitas
vezes sabemos o que fazer, e como devemos fazer, mas simplesmente adiamos ou
retardamos uma tarefa que deveria ser cumprida, que fazia parte de um objetivo.
E ao mesmo tempo realizamos um monte de outras coisas que com certeza poderiam
esperar, já que aguardaram até aquele momento e não eram nem de longe
prioridade, apenas distrações. Mas, por que será que isso acontece?
Para
a orientadora pessoal e psicóloga transpessoal, Wanessa Moreira, é comum
essa circunstância em que a gente dá “voltas em volta de nós mesmos”, sempre
buscando situações para nos desviar do foco principal. “Nesse momento, tudo
o que não é necessário parece se tornar interessante de uma hora para outra
como uma boa desculpa que nós contamos, nos sequestrando do nosso objetivo
principal”, diz a especialista.
De
acordo Wanessa, o cérebro funciona em tempo presente o tempo todo, por isso, cada
vez que você pensa sobre a tarefa a ser feita, é para o cérebro como se você a
realizasse naquele momento. “Então, quanto mais você pensa sobre o assunto,
mais vezes para sua mente você já o executou, e você é tomado por um cansaço
que aumenta a distância entre o pensamento e a execução da tarefa”, explica
Wanessa Moreira, que também é Master Mentoring em Coaching Corpo e Mente.
Segundo
a orientadora pessoal, para que a pessoa esteja realmente “preparada” para a
tarefa, o cérebro repete esse circuito a quantidade de vezes necessária para
atingir o sentimento de estar pronto. “A busca de acerto e perfeição, as
dúvidas em relação ao que se deve executar, a falta de domínio sobre o assunto
e o medo de ser avaliado, nos coloca nesse ciclo de pensar, pensar, e não
realizar. Pois temos a sensação de não estarmos efetivamente prontos para que a
missão seja cumprida”, diz a especialista.
A
psicóloga transpessoal afirma que para cada indivíduo, o início de fato da
tarefa acontece de um jeito. “Para alguns, no último minuto sentam e
realizam tudo o que era preciso em um instante, que chegam a se questionar o
porquê levaram tanto tempo para fazer algo se no final foi tão simples. Para
outros, vão realizando um pedacinho por dia até que esteja de fato pronta a tarefa,
quando menos imaginam e melhor do que previam”, explica.
Segundo
Wanessa, existe uma relação importante com o mecanismo que desenvolvemos para
aprender a estudar na infância com a maneira que desempenhamos as nossas
tarefas. “Tente se recordar de que maneira você estudava para as provas. Um
dia antes? Durante toda a semana? Se dedicando as aulas diariamente, sempre
estando pronto para a prova? Sentia-se pressionado por seus pais ou seu
professor? Sentia medo de errar? Ao pensar nisso provavelmente você irá
descobrir que procrastina sua tarefa de maneira muito parecida com o mecanismo
utilizado para estudar”, argumenta.
A
orientadora pessoal explica que somente a partir da consciência desses nossos
processos, é que podemos parar de adiar aquilo que devemos, queremos,
precisamos e muitas vezes desejamos realizar. “Dessa forma, é possível
executar e trazer o nosso melhor, cada vez com mais facilidade, tornando
divertido ações que no cotidiano perdemos tanto tempo para realizar”,
finaliza.
Wanessa
Moreira - Orientadora pessoal
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