Ortopedista explica os riscos e como prevenir contusões
À espera de um campeonato de futebol,
alguns atletas têm a expectativa de serem convocados abalada por uma lesão que
o impossibilita de jogar. Neste ano, é o caso do futebolista Daniel Alves, que
sofreu uma lesão no joelho direito. “O futebol moderno está muito ágil e forte.
Com isso, os atletas necessitam de uma grande explosão muscular para
deslocamento e mudanças bruscas de direção, ocasionando torções e distensão
muscular, e até mesmo ruptura dos ligamentos”, explica o ortopedista do
Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Marcello Zaboroski.
De acordo com o especialista, as principais
lesões são as de músculo ligamentares, seguidas pelas tendinites e as
contusões, podendo ocorrer também fraturas por traumas diretos ou por estresse
(impacto repetitivo). “A prevenção das lesões no
futebol são muito difíceis, uma vez que se trata de um esporte de contato.
Logicamente, os atletas que realizam um bom preparo físico com um trabalho
muscular intensificado antes dos campeonatos (pré-temporada) estão menos
sujeitos a lesões. O pré-aquecimento, com o alongamento da musculatura antes das
partidas e treinos, também é fundamental, pois assim são preparadas as fibras
musculares para suportarem os esforços dos jogos”, ressalta.
Caso não seja possível evitar a
lesão, o ideal é imobilizar o membro ou articulação atingido e aliviar a dor e
o edema com gelo no local. Após, o atleta deve ser encaminhado para uma unidade
de atendimento médico para realizar exames que diagnostiquem a gravidade da
lesão. “Para tratar, depende do local atingido e da gravidade. Nos casos mais
simples, é por meio de medicamentos, gelo e repouso. Depois, inicia-se a
fisioterapia para retorno aos trabalhos com a bola. Já nos casos mais
complexos, é necessário tratamento cirúrgico, como a sutura da musculatura,
reconstrução ligamentar e fixação das fraturas. O tempo de recuperação é
conforme o tipo de lesão, gravidade e área impactada. Por exemplo, a
reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho tem um tempo médio de
recuperação completa de seis meses”, alerta Dr. Marcello.
Ainda segundo o ortopedista, os casos
de lesões ligamentares completas, fraturas e lesões crônicas (tendinites,
sinovite e pubeite), necessitam de período de tempo maior de afastamento. “Como
estamos próximos dos jogos de um campeonato curto, qualquer lesão, até de
pequena gravidade, pode afastar o atleta dos gramados, pois a probabilidade de
recuperação a tempo de jogar novamente é mínima”, finaliza o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário