Dentro e fora do campo, evento mundial
desperta sentimentos positivos e desagradáveis, como alegria, ansiedade, raiva
e frustação.
Especialista em aprendizagem socioemocional lista os principais deles e dá dicas de como enfrentar cada um
Emoções a flor da pele dentro e fora do campo são
comuns nessa época de Copa do Mundo. Jogadores se deixam dominar pelo
nervosismo extremo, torcedores revelam comportamentos exagerados, levados pelo
fanatismo ou pela impulsividade. Um cenário que revela a falta de um trabalho
estruturado ainda na infância, quando é possível desenvolver a chamada
alfabetização emocional. “Assim como ensinamos português ou matemática nas
escolas, podemos ensinar crianças e jovens a regularem as emoções”, explica
Eduardo Calbucci, especialista em habilidades socioemocionais e um dos
criadores do Programa Semente.
Segundo ele, embora mais eficaz durante a
infância, a capacidade de controlar as emoções pode ser adquirida em qualquer
momento da vida e aplicada em situações pontuais, como é o caso da Copa do
Mundo, em que os ânimos ficam exaltados.
Confira abaixo como identificar sentimentos e
lidar com cada um deles:
Frustração: sentimento provocado por uma expectativa não
cumprida. Nesse caso, é sempre importante verificar se as expectativas eram realistas e lembrar que os erros podem ser um aprendizado para ações futuras.
Raiva: emoção que nasce da percepção de uma injustiça.
A raiva é um sentimento perigoso, porque é de alta intensidade. No caso da Copa do Mundo, é preciso entender que o esporte nem sempre é justo, que nem sempre o melhor ganha e que a arbitragem pode errar e prejudicar nossa seleção. É fundamental valorizar o esforço, a dedicação, o empenho, e não apenas o resultado.
Medo: emoção provocada pela proximidade de um perigo.
Um jogo que pode desclassificar o Brasil da Copa pode causar medo, mas é importante não exagerar no peso desse acontecimento. Nós, torcedores, não temos quase nenhuma influência sobre o resultado das partidas.
Ansiedade: um dos estados
emocionais do medo.
A ansiedade é mais intensa do que a preocupação e
o receio e menos intensa do que o desespero e o pânico. É normal e esperado que
os torcedores fiquem ansiosos antes dos jogos do Brasil. Uma técnica eficiente
de lidar com a ansiedade é focar na respiração: inspirar e expirar
lentamente. Isso nos conecta com o momento presente, com o aqui e o agora,
diminuindo os efeitos negativos da ansiedade.
Uma desclassificação pode provocar tristeza,
sobretudo nos torcedores mais fanáticos. É uma emoção desagradável, mas muitas
vezes inevitável. A tristeza numa derrota nos ensina a valorizar mais ainda
nossas vitórias e pode estimular a perseverança para continuar lutando.
Programa
Semente
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