segunda-feira, 28 de maio de 2018

Tratamento por ondas de choque pode ajudar no controle de fascite plantar


Uma nova forma revolucionária de terapia de choque iniciada por uma equipe de pesquisadores alemães pode beneficiar milhões de pessoas que sofrem com a agonia dos esporões no calcanhar e com pé chato.

Nos últimos anos, os procedimentos cirúrgicos tiveram algum sucesso no tratamento da doença. De fato, em muitos casos, a cirurgia não é bem-sucedida e piora o problema. Agora, pesquisadores alemães da Mare Clinic, em Kiel, afirmam que criaram uma maneira segura e eficaz de eliminar a dor e curar esporões de calcanhar, uma situação comum e dolorosa do calcanhar chamada fascite plantar.

O tratamento por ondas de choque radial não requer nenhuma anestesia ou tempo de reabilitação após o procedimento. "O tratamento por ondas de choque radial pode diminuir, de forma significativa, a dor, e aumenta a funcionalidade e a qualidade de vida em comparação ao tratamento placebo em pacientes com fascite plantar recalcitrante", de acordo com o Dr. Marcus Yu Bin Pai, médico fisiatra. "Três intervenções com terapia de ondas de choque foram estudadas em 245 pacientes com fascite plantar crônica", acrescentou.

Após um acompanhamento de três meses, os pesquisadores descobriram uma diminuição dramática na dor no calcanhar nos primeiros passos da manhã, durante as atividades diárias e durante o uso de força de pressão padronizada. 

Não houve reincidência dos sintomas do calcanhar após 12 meses. A taxa global de sucesso foi de 61%, o que os cientistas de Kiel chamam de notável.

No entanto, os pesquisadores alertaram que mais estudos são necessários. "A Terapia por Ondas de Choque Radial é um tratamento eficaz para a fascite plantar crônica e pode ser administrada a pacientes ambulatoriais sem anestesia, mas ainda não foi avaliado em estudos controlados", de acordo com os pesquisadores.





Dr. Marcus Yu Bin Pai - médico especialista em dor, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e médico pesquisador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.




Fontes:
The American Journal of Sports Medicine: http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0363546508324176
Journal of Musculoskeletal & Neuronal Interactions: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5881128/



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