Maio
é o mês de conscientização sobre a doença e a biofarmacêutica Bristol-Myers
Squibb lança uma campanha com objetivo de informar como identificar e evitar
esse tipo de câncer de pele
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica que 6.260 novos casos de melanoma serão diagnosticados entre 2018 e 2019 no Brasil.1 O melanoma é um tipo de câncer de pele que atinge os melanócitos, células produtoras de melanina, e pode levar à morte devido à grande possibilidade de metástase. Mesmo assim, os brasileiros têm pouca informação sobre a doença. É o que aponta uma pesquisa inédita encomendada pela Bristol-Myers Squibb para o Instituto Datafolha que revelou que 78% da população brasileira não sabe o que é melanoma.
Entre
os entrevistados na região Sudeste, que possui a terceira maior incidência do
país, com cerca de 2,69/100 mil casos entre os homens e 2,58/100 mil na
população femininam2, 73% disseram não conhecer esse tipo de câncer.
Além
do desconhecimento sobre a doença, os dados revelam que a população residente
na região não consegue identificar corretamente os fatores de risco, colocando
apenas o sol como o grande vilão. Quando questionadas a respeito de quais são
fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver melanoma, exposição ao
sol atingiu o índice de 88% das respostas, seguido de excesso de pintas no
corpo (39%) e herança genética (38%). Mas, um importante indicativo, que é a
etnia, obteve somente 23% das menções. “Embora a incidência solar excessiva
tenha grande influência, outras características importantes devem ser levadas
em conta, como cor da pele e estilo de vida”, explica Roger Miyake, diretor
médico da Bristol-Myers Squibb. “O melanoma é mais comum em pessoas de pele
clara, mas isso não significa que ele não atinja pessoas com tons de pele mais
escuros. O surgimento repentino ou alterações de pintas precisam ser observados
com muita atenção por todos”, conclui o executivo.
O
desconhecimento contribui para o crescimento do percentual de casos aqui e em
todo mundo. Dados da Agência Internacional de Pesquisa Sobre o Câncer (Iarc),
da Organização Mundial de Saúde (OMS), indicam que a incidência do melanoma vem
aumentando gradativamente nas últimas quatro décadas. De acordo com a Agência,
cerca de 200 mil novos casos de melanoma são registrados por ano em todo o
mundo.3
No
Brasil, ainda segundo o INCA, a região Sul é a que lidera os casos da doença.
Entre os homens, o risco de incidência na região é de 5,71/100 mil e entre as
mulheres 4,74/100 mil.4 Em seguida figuram as regiões Centro-Oeste5,
com 3,55/100 mil para homens e 2,15/100 mil para mulheres e Sudeste. As regiões
Nordeste e Norte têm as menores taxas, registrando incidência de 1,47/100 mil
para homens e 1,18/100 mil para mulheres no Nordeste7 e 1,23/100 mil
para homens e 0,64/100 mil para mulheres na região Norte.7
Campanha
#MostraTuaPele
A falta de conhecimento
sobre o câncer melanoma é ainda mais expressiva nas populações de baixa
escolaridade e menor poder aquisitivo, sendo que nesse recorte o índice chega a
91%. Para melhorar esses indicadores e ampliar o conhecimento sobre a doença, identificar
os sinais de risco e como prevenir, a biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb
criou a campanha #MostraTuaPele, e tem a parceria dos Institutos Lado a Lado
Pela Vida, Melanoma Brasil, Oncoguia e Vencer o Câncer.
Focada
nos canais digitais, a campanha é uma proposta de democratizar o acesso à
informação qualificada, chamando a atenção para os sinais que aparecem na pele
e porque é importante ficar de olho neles. A campanha
inicia em 7 de maio e, ao longo do mês, que é conhecido como o mês
internacional de combate ao melanoma, os institutos parceiros postarão
conteúdos com imagens e vídeos sobre o tema em suas fanpages nas redes sociais,
sempre acompanhadas da hashtag #MostraTuaPele.
Metodologia da Pesquisa
O levantamento para revelar
essa radiografia da percepção do câncer melanoma ouviu 2077 pessoas em todo
país, distribuídas em 152 municípios, de forma a representar as regiões
geográficas do país. As pessoas ouvidas têm idade a partir de 16 a anos e
pertencentes a todas as classes econômicas. Os dados foram coletados por meio
de pesquisa quantitativa com entrevistas pessoais e individuais. Mais da metade
dos entrevistados reside em cidades localizadas no interior (58%) e os que
vivem nas capitais, 42%.
A pesquisa também revelou
que:
•
89%
nunca falaram com o médico sobre a doença (na região sudeste o índice cai para
88%)
•
Apenas
36% da população sabe que o melanoma é o tipo mais letal de câncer de pele,
sendo que na região sudeste 27% afirmaram saber a gravidade da doença;
•
25%
sabem que o melanoma atinge quem tem histórico familiar da doença. Para os
moradores do Sudeste, 23%;
•
63%
não se preocupam em ser diagnosticado com a doença em todo o Brasil. Apenas no
Sudeste 65%;
•
Menos
da metade dos entrevistados (49%) estão conscientes que saber dos sintomas e fatores
que causam o melanoma pode ajudar a salvar vidas. Na região Sudeste 51%.
•
68%
dos entrevistados procurariam atendimento para tratar a doença no SUS em todo o
Brasil. Para o Sudeste os dados apontam 66%.
Fontes:
1. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pele_melanoma/definicao
2. http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-regiao-sudeste.asp
3. http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_population.aspx
4. http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-regiao-sul.asp
5. http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-regiao-centro-oeste.asp
6. http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-regiao-nordeste.asp
7. http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-regiao-norte.asp
Nenhum comentário:
Postar um comentário