Pesquisa aponta que a grande maioria da população brasileira não conhece
a doença nem suas causas, dificultando o diagnóstico e o tratamento
A Urticária Crônica Espontânea (UCE) não é
contagiosa, mas provoca intenso desconforto para quem convive – em geral,
durante anos – com essa doença. Uma pesquisa inédita realizada pela Ipsos no
Brasil a pedido da Novartis, apontou que 91% da população desconhece totalmente
a doença.
A UCE tem um impacto extremamente negativo na
qualidade de vida do paciente1-4, sendo mais impactante que doenças como a
hanseníase (lepra) e a psoríase2. Os principais sintomas são coceira intensa,
lesões na pele e inchaços repentinos5, e as principais consequências da UCE
são: interferência no trabalho e nos estudos, privação de sono, isolamento
social e prejuízo das relações conjugais e familiares1-4. A privação de sono,
associada à imprevisibilidade das crises leva a um estado mental
sobrecarregado, de modo que o paciente com UCE tenha risco aumentado para
transtornos de ansiedade (ex.: TOC, entre outros) e depressão2,6,7.
A urticária crônica afeta até 1% da população
mundial, sendo a maior parte dos casos (aproximadamente 66,6%) do tipo
espontânea (não causada por agentes desencadeantes como alimentos, perfumes,
produtos de limpeza, cosméticos ou medicamentos)1.
Ao se verem com os sintomas da doença, sem saber do
que se trata, as pessoas passam anos buscando sua causa e levam até 5 anos para
chegarem a um diagnóstico correto8 , em razão disso, 67% dos pacientes
desistiram de procurar um médico4.
UCE: uma doença desconhecida
A Urticária, de maneira geral, é uma doença
desconhecida por 57% da população. Quando falamos de Urticária Crônica
Espontânea, o número de desconhecimento sobe para 91%. Esses dados foram
revelados pela pesquisa inédita encomendada pela Novartis e realizada pela
Ipsos, que entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios de todo o Brasil. A
pesquisa foi realizada pessoalmente, entre os dias 1 e 16 de fevereiro de
2018*. Essa pesquisa tem erro amostral de 3 p.p..
A pesquisa foi aplicada em todas as regiões do País
e apontou a região Nordeste como a mais afetada pelo desconhecimento da doença.
O Sudeste é a região com maior conhecimento sobre a doença, mas ainda assim,
conhecida por apenas 13% dos entrevistados. Na sequência, aparecem Norte com
11%, Centro-Oeste com 10%, Sul com 7% e Nordeste com 3%.
Outro índice preocupante é que os mais jovens têm
ainda maior desconhecimento sobre a doença. A faixa entre 16 e 34 anos é dos
que demonstram maior desconhecimento da patologia – 94% nunca ouviram falar de
UCE. Isso tem grande impacto, considerando que essa é a faixa etária mais
atingida pela doença.
Outro fator importante, muitas vezes gerador de
preconceito com quem tem UCE, é a informação errada de qual é a causa da
doença. Dentro dos 9% dos entrevistados que dizem já ter ouvido falar em UCE,
apenas 18 pessoas (16%) citam autoimune como a causa da doença. Assim, a
compreensão correta só vem de 1% da população. Muitos dos entrevistados
mencionaram erroneamente, por exemplo, stress emocional (22%) e alimento (18%)
como causa da doença.
Mulheres são as mais atingidas
pela UCE
As mulheres são duas vezes mais propensas que os
homens a manifestarem a UCE.18
Entre as pessoas entrevistadas na pesquisa da Ipsos
que disseram já terem ouvido falar em UCE, as mulheres estão em maior número.
Na comparação com os homens, há o dobro de mulheres que conhecem a doença.
As mulheres também são maioria na hora de
relacionar erroneamente a causa da UCE a stress/emocional.
Diagnóstico e tratamento
A UCE tem tratamento5. O objetivo do tratamento é o
controle completo dos sintomas5. Com o tratamento correto, 92% dos pacientes
podem obter o controle completo dos sintomas da UCE16, vivendo com uma
qualidade de vida equivalente à de uma pessoa sem a doença17.
Para quem tem sintomas recorrentes parecidos com
uma alergia e não consegue descobrir a causa, quem tem os sintomas da UCE ou
quem foi diagnosticado recentemente com UCE, precisa antes de tudo buscar um
médico especialista (alergista ou dermatologista). Há também centros de
excelência de UCE (UCARE)18 no mundo todo, inclusive no Brasil – Faculdade de
Medicina do ABC, Hospital das Clínicas, Hospital São Paulo e entre outros
grandes centros hospitalares nacionais. Eles podem ser consultados em: http://www.ga2len-ucare.com/centers.html.
O objetivo principal é receber um diagnóstico
adequado e, então, poder começar o tratamento correto.5 O tratamento inicial é
feito com os anti-histamínicos não sedantes, que agem diretamente bloqueando a
ação da histamina. De acordo com diretrizes internacionais, o médico pode
aumentar a dose do anti-histamínico caso o paciente não obtenha o controle
completo com a posologia inicial após período de duas a quatro semanas de
tratamento5. Cerca de 25% dos pacientes com urticária crônica espontânea não
têm controle adequado dos sinais e sintomas da urticária com o uso de
anti-histamínicos mesmo em doses aumentadas5 e, por isso, necessitam de uma
abordagem terapêutica diferenciada.
Assim, se os sintomas não desaparecem após duas a
quatro semanas, apesar da adesão ao tratamento com anti-histamínico adequado
indicado pelo médico, o profissional deve seguir o tratamento com
imunomodulador disponível no Brasil.
Novartis
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acesso em outubro de 2016
* Estudo realizado pela IPSOS
BRASIL PESQUISAS DE MERCADO LTDA com 1.200 entrevistas, homens e mulheres,
metodologia quantitativa, face-a-face, domiciliar, realizada mensalmente em 72
municípios em todo o Brasil. Amostra probabilística, com cota no último estágio
de seleção e margem de erro de ±3 pontos percentuais, representativa da
população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE
(Censo 2010 e PNAD 2014).
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