Como as técnicas integrativas podem ajudar a parar
de fumar
Qualquer medida,
tratamento ou lei que tenha como objetivo reduzir a prevalência do fumo na
população e assim diminuir o sofrimento humano e o número de mortes causadas
por ele é muito bem vista.
Segundo o INCA
(Instituto Nacional de Câncer), o Brasil tem prejuízo anual de 56,9 bilhões de
reais com o tabagismo. Desse total, 39,4 bilhões de reais são gastos com
despesas médicas e 17,5 bilhões de reais com custos indiretos ligados à perda
de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte
prematura. Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao
tabaco, o que representa 12,6% dos óbitos de pessoas com mais de 35 anos. Ou
seja, os números justificam a grande preocupação com novos dependentes.
"O desafio de
largar o cigarro não é simples e requer muita força de vontade, mas nem sempre
isso basta. A ansiedade, o hábito e a dependência química são grandes
dificuldades relatadas por quem quer parar. Por isso o auxílio de terapias
integrativas vai de encontro com essa necessidade", afirma Daniel Alan
Costa, especialista em Bases de Medicina Integrativa do Albert Einstein.
Segundo o especialista,
existem muitas técnicas que podem amenizar os sintomas da ausência da química
do cigarro. "As terapias naturais podem ajudar a acalmar a ansiedade e
contribuir para quem quer parar de vez com a dependência", conta Daniel.
Algumas terapias
naturais indicadas pelo especialista são:
"Auriculoterapia: A
auriculoterapia está inserida dentro da Medicina Tradicional Chinesa e segue
seus princípios. Trata-se de um microssistema, ou seja, na orelha há a
representação do corpo com todas as suas estruturas e isto permite o tratamento
tanto de aspectos físicos como emocionais. Especificamente no que diz respeito
ao tabagismo há pontos que tem indicação para a condição em si, e mediante
avaliação do cliente segundo os critérios da Medicina Tradicional Chinesa será
designado tratamento específico para cada caso. Desta maneira, quem conta com a
ajuda da auriculoterapia tem muito mais chances de vencer este importante
desafio que é parar de fumar.
Florais de Bach: Os
vícios, de maneira geral, são interpretados pelas consideradas terapias
vibracionais, como é o caso dos florais, como uma tentativa de preencher um
vazio, que definitivamente não poderá ser preenchido com substâncias ou
hábitos, pois tem relação direta com a missão de cada ser. O criador dos
Florais, Dr. Edward Bach, considerava que por trás de cada sintoma ou
comportamento desajustado há um sofrimento. E é atrás deste sofrimento, ou
seja, do gatilho que é disparado para que o indivíduo não consiga vencer a
compulsão que o terapeuta floral estará atento. Uma vez identificado o
sofrimento, a causa real, teremos como solução um floral que irá transformar
este sofrimento e consequentemente livrar o indivíduo da compulsão, seja ela
qual for, inclusive pelo cigarro.
Fitoterapia: Natural que
fumantes, especialmente de longa data, tenham adquirido ao longo do tempo
intoxicações, esta é a principal preocupação, pois afeta diretamente a saúde do
fumante. Nestas situações podemos contar com diversos medicamentos
fitoterápicos, como dente-de-leão, pariparoba e pulmonária. Outro quadro que se
instala são processos micro inflamatórios. Para isto contamos com a ajuda de
fitoterápicos que são excelentes anti-inflamatórios, como a Cúrcuma longa, que
também ajudam a aumentar o sistema imunológico, o que terá um efeito protetor
sobre as possíveis enfermidades em decorrência do tabagismo. E ainda é possível
agirmos pontualmente sobre os sintomas de abstinência como ansiedade e
irritabilidade, utilizando plantas com efeito calmante como a passiflora,
camomila ou mulungu, por exemplo.
Aromaterapia: Dentro da
mesma perspectiva dos fitoterápicos, já que também são derivados de plantas, os
óleos essenciais são de excelente ajuda neste processo. Mais concentrados e
muitas vezes de uso mais práticos, podemos utilizá-los em um aromatizador pessoal,
no ambiente de trabalho ou ainda durante o delicioso banho relaxante. Com mais
de 400 tipos diferentes, com ações sobre o humor, a ansiedade, o rendimento
mental, ação anti-inflamatória e ainda promovem uma desintoxicação. Lavanda,
cedro, hortelã, patchouli, Olíbano e Mirra são alguns dos óleos essenciais que
podemos lembrar com estas funções.
Vale ressaltar que em
qualquer uma destas técnicas é necessário a avaliação de um profissional
habilitado que irá direcionar o tratamento para que se alcancem os melhores
resultados."
Daniel
Alan Costa - especialista em
Bases de Medicina Integrativa do Albert Einstein, Naturopata, Acupunturista
membro da WFCMS (World Federation Chinese Medicine Societies), coordenador do
curso de pós-graduação em Naturopatia da UNIP e coordenador geral dos cursos do
Sol Instituto Terapêutico/ INESP.
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