Nesta quinta-feira,
dia 19 de abril, é comemorado no Brasil o Dia do Índio. E como trabalhar essa
data com as crianças, contando a história livre dos estereótipos criados ao
longo dos anos? Segundo a psicopedagoga especialista
em educação especial e gestão escolar Ana Regina Caminha Braga, precisamos
entender que hoje o índio vai muito além do arco e flecha.
“Hoje,
é possível pensar que os índios nem sempre moram em malocas sem contato com os
brancos e incomunicáveis. Muito pelo contrário, eles têm acesso a televisão,
rádio, tecnologias, escolas, faculdades e viajam para conhecer outros países e
levar sua cultura. Dentro desta perspectiva, a escola precisa mudar sua visão e
explorar com os alunos esta nova concepção e evolução indígena”, explica Ana
Regina.
A especialista em
gestão escolar elencou três opções de atividades que podem ser elaboradas pelos
professores com os seus alunos para celebrar a data:
1. Elaborar
uma aula sobre a Educação Indígena e buscar a história até os dias atuais
juntamente com vídeos que mostram o cotidiano deles, quais são seus trabalhos,
o convívio com as pessoas, parte da socialização, alimentos, vestimentas
(porque o índio não anda mais nu e nem sempre de cocar), o acesso a Educação,
falar da Educação Indígena e desta diversidade, a qual deve ser respeitada e
valorizada.
2. Estruturar
uma feira cultural para abordar várias culturas como a quilombola, por exemplo.
Fazer com os professores de história, geografia, português, inglês, ciências,
filosofia possam conversar e assim pensar na diversidade a ser explorada e
colocada para os alunos. Seria o momento inclusive de mostrar isto para a
família e/ou responsáveis - comunidade.
3. Pesquisar
com os alunos na internet como está acontecendo a evolução da comunidade
indígena. Hoje temos a possibilidade de algumas escolas trabalharem com a lousa
digital com a qual alcançamos vários lugares.
O importante com essas
atividades é desmistificar o estereótipo de índio e cocar que muitos ainda têm,
trazendo atividades que ajudem as crianças a entender como essas comunidade
vivem atualmente. “É preciso dizer que o mais relevante neste momento é
desmistificar a questão indígena do arco e flecha, cocar, pessoas nuas, sem
informação. Pelo contrário, mostrar que evoluíram e podem contribuir conosco
dentro de suas possibilidades culturais e nós devemos respeitar o espaço deles,
sua cultura, crença e trabalho”, finaliza a psicopedagoga.
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