sábado, 31 de março de 2018

Toxina botulínica A e preenchimento de ácido hialurônico podem ser aplicados juntos?


O dermatologista Daniel Coimbra tira as dúvidas sobre os dois principais tratamentos estéticos faciais da atualidade


Escolher qual procedimento estético vai fazer é um momento muito importante que paciente e médico compartilham. Dentre todas as técnicas que já existem, a toxina botulínica A e o preenchedor de ácido hialurônico ainda são os vencedores na categoria “queridinhos” e, por isso, dúvidas são muito frequentes.  Entre as mais recorrentes está se ambos podem ser realizados juntos.

Por serem tratamentos com funções específicas e muitas vezes complementares, pode ser que haja a indicação da aplicação em conjunto. A toxina botulínica A é direcionada para as rugas dinâmicas, ou seja, ocasionadas pela atividade muscular, como: linhas de expressão na testa, ao redor dos olhos e entre as sobrancelhas. Enquanto que o preenchimento facial de ácido hialurônico, trata as rugas estáticas, que são provocadas pelo envelhecimento natural da pele, o que também envolve a perda de estrutura óssea e gordura.

Para o dermatologista Daniel Coimbra, a toxina botulínica A ainda é o tratamento mais procurado pelas pacientes por conta dos anos em que está no mercado - mais de duas décadas – aliado aos resultados adquiridos no decorrer desse tempo. “Nenhum outro tratamento tem um resultado semelhante ao apresentado pela toxina nas rugas, mas a cada dia tem crescido as indicações de uso de preenchedores. Acredito que a combinação dos dois tratamentos, aliados ao cuidado da pele, representam o padrão ouro na manutenção de um rosto saudável e jovial.”

O especialista acredita que as duas técnicas podem e devem ser usadas juntas a favor do paciente, mas tudo com a orientação do médico de confiança de cada um. “Como em todo tratamento estético, o bom-senso do profissional quanto à quantidade de produto e sua procedência, aliado aos objetivos do paciente, é o que irá trazer sucesso, independentemente das técnicas e se serão usadas em conjunto ou não”.

Por exemplo, uma paciente que está infeliz com o “bigode chinês” e com o “pé de galinha”, pode utilizar os dois tratamentos e resolver isso em uma consulta única.  Afinal, entre os benefícios dos procedimentos minimamente invasivos estão a ausência de internação e cirurgia.  “A tendência das próximas gerações é cortar menos o rosto e se submeter menos a procedimentos mais agressivos, optando pelos menos invasivos”, completa o médico.

Tanto a toxina botulínica A, produto biológico, quanto o ácido hialurônico, substância já presente no corpo humano, são contraindicados para gestantes, lactantes, pessoas que forem alérgicas a qualquer dos componentes dos produtos ou que possuem uma infecção no local da aplicação.






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