quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Crianças na internet preocupam os pais



Especialista alerta para que pais se mantenham atentos aos conteúdos acessados pelos filhos no ambiente virtual


A moda dos desafios em redes sociais não é mais novidade no Brasil e em outros países, e a recente morte de uma menina de 7 anos devido a este tipo de “jogo” aumentou a importância da discussão e do alerta aos pais. Outros perigos também podem ocorrer com os pequenos a partir do uso indevido e exagerado da internet, como, por exemplo, torná-los cada vez mais adultos, antissociais ou extremamente ansiosos em virtude da velocidade das informações.

Para a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde, os cuidados dos responsáveis com relação às orientações devem levar em consideração a idade da criança e períodos de navegação. “Até os 5 anos, as crianças podem ficar no máximo uma hora conectada de forma fracionada. Além disso, existem aplicativos do próprio sistema operacional que bloqueiam sites inapropriados de acordo com a idade. Os pais devem ser cuidadosos evitando invadir a privacidade ou caso haja algo que requer explicações tentar conduzir sem coagir às crianças”, orienta.

O imediatismo, possibilidade de se esconder atrás de uma tela, jogos, desafios e redes sociais se apresentam de maneira atraente para os jovens. Por isso, controlar o tempo que os filhos permanecem no mundo virtual é essencial para a segurança. “É, de certa forma, injusto impedir que as crianças não tenham acesso algum a jogos, exceto os que são violentos.  Mas os responsáveis precisam fazem concessões, fazendo com que as crianças não se sintam excluídas”, comenta a especialista.

A tecnologia também pode ser usada para o monitoramento através de aplicativos que controlam tempo e conteúdo acessado. A escola também pode ser uma aliada da família evitando o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares e tabletes, no ambiente escolar, e orientando os alunos sobre os riscos. “Podem incluir aulas sobre o uso correto do ambiente virtual e os perigos existentes, além de orientar os pais e estar sempre em contato direto com senhas ao perceber algo inapropriado”, explica Lopes.

A psicóloga ressalta que entreter a garotada com outras atividades contribui para distanciá-las do uso demasiado da internet, educando, divertindo e aproveitando mais tempo em família. “Existem outros meios de distração sem que seja necessário o uso da tecnologia”, finaliza.



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