terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Verão!




A exposição solar excessiva, sem proteção aos raios ultravioletas, é a principal causa de câncer de pele não melanoma, o mais comum na população brasileira. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram estimados 175.760 novos casos da doença para o biênio 2016-2017, o equivalente a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. 

Apesar da grande incidência, o câncer de pele é o tipo com menor taxa de mortalidade e altos índices de cura. Se diagnosticado precocemente, aliado ao tratamento adequado, até 90% dos casos são curáveis.

Referência no controle de câncer no Brasil, a Fundação do Câncer dá algumas dicas de como reduzir as chances de desenvolver a doença. Com hábitos simples e acompanhamento médico regular é possível se prevenir e curtir a temporada.


 Horários para exposição ao sol

O ideal é antes das 10h e após as 16h. Fora desses períodos, a radiação solar é muito perigosa, favorece o envelhecimento precoce e aumenta os riscos de desenvolver câncer de pele. Com o banho de sol nos horários recomendados é possível garantir ainda boa absorção de vitamina D, que, entre os benefícios, fortalece os ossos.

·        Cuidados na praia ou piscina

Na praia, na piscina ou em qualquer outro local onde haja exposição ao sol, a proteção é sempre a melhor opção. Por isso, use sempre chapéus, bonés, roupas com proteção UV e guarda-sol (feito de algodão ou lona, evitando barracas de nylon). É essencial o uso de filtro solar com, no mínimo, FPS 30, contra radiação UVA e UVB, no corpo e nos lábios. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Eles ajudam a bloquear a ação dos raios solares. Também utilize óculos escuros com filtro ultravioleta, que previnem lesões oculares. A hidratação é outro item bem importante, não se esqueça de beber água, que desintoxica o organismo e contribui no fortalecimento das defesas do corpo.

·        Profissionais que trabalham ao ar livre

Pessoas que trabalham sob o sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não melanoma. Além dos cuidados básicos de proteção, durante o dia deve usar camisas de manga longa e calças compridas e, sempre que possível, buscar abrigo na sombra. O protetor solar deve ser repassado e vale ressaltar que, fora do prazo, eles não oferecem proteção.

·        Sintomas que podem indicar câncer de pele

Feridas na pele que demoram a cicatrizar (em um período maior que quatro semanas), variações na cor de sinais que já existiam, manchas que coçam ou sangram e o surgimento de pintas com bordas irregulares podem ser indicativos da doença. 

Importante destacar o chamado “ABCD” da transformação de uma pinta em melanoma. Ou seja: Assimetria – uma metade diferente da outra; Bordas irregulares – contorno mal definido; Cor variável – várias cores em uma mesma lesão; Diâmetro – maior do que seis milímetros. Caso perceba algum desses sintomas em você ou alguém da sua família, procure um profissional de saúde o mais rápido possível. O diagnóstico precoce é um bom aliado no tratamento da doença. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico periódico.

·         Grupos de risco
O câncer de pele se manifesta, na maioria dos casos, em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, olhos azuis ou verdes, cabelos loiros ou ruivos, pessoas albinas, histórico de câncer de pele pessoal ou na família. A doença é relativamente rara em crianças e pessoas de pela negra, com exceção dos portadores de lesões cutâneas anteriores. 

  Perigo do bronzeamento artificial

As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde e, em 2009, foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol. A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.





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