terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Saiba porque o Sol é um dos principais vilões para a perda do colágeno da pele e envelhecimento cutâneo precoce



Exposição à radiação UV provoca a produção de radicais livres,  que, em excesso, leva ao stress oxidativo e degradação das  fibras de colágeno, gerando flacidez.


Há muito se fala sobre a importância do colágeno como substância responsável por garantir a firmeza da pele e, consequentemente, sua aparência jovem e saudável. Também é sabido que, após os 25 anos, existe uma diminuição progressiva na produção de colágeno pelo organismo, essa redução é estimada em 1% ao ano. Além da perda natural, diversos fatores contribuem para acelerar esse processo, como: o tabagismo, stress, consumo de álcool, consumo excessivo de açúcar, poluição, baixos níveis hormonais e, principalmente, a exposição ao Sol.
O Sol é um dos grandes vilões do colágeno da pele. A maioria da população desconhece este fator, mas a radiação UV, emitida pelo Sol, provoca a produção de radicais livres, que, em excesso, leva ao stress oxidativo e alterações irreversíveis na conformação celular. Neste processo, as fibras de colágeno são quebradas, gerando a flacidez da pele, não só do rosto, mas do corpo todo.
Em casos extremos, de exposição intensa e por períodos prolongados, a pele pode apresentar um tipo de lesão conhecida como ‘Elastose Solar’. Neste caso, as fibras de colágeno e elastina apresentam uma degradação profunda, a pele perde sustentação e elasticidade, virando uma placa coriácea (textura semelhante ao couro, que se quebra facilmente), dura e cheia de rugas.
Na esperança de repor a proteína perdida, muitos brasileiros estão aderindo ao consumo do colágeno hidrolisado. Porém, os estudos clínicos desenvolvidos até o momento não são considerados conclusivos para determinar sua eficácia na dermatologia.
Quando esse colágeno hidrolisado entra no organismo, é transformado em aminoácidos. Até o momento não é possível afirmar se esses aminoácidos serão totalmente absorvidos e aproveitados para a produção de colágeno.
Em contrapartida, diversos tratamentos estéticos vêm apresentando excelentes resultados e são indicados para estimular a produção de colágeno pelo organismo. Desde procedimentos considerados simples, como os peelings de ácido retinóico; até equipamentos sofisticados, como o ultrassom micro e macrofocado, laser e a radiofrequência, que também atuam com esta finalidade.
Além disso, existem os preenchedores à base de ácido hialurônico, que retém água e criam um meio propício para a estimulação da produção da proteína na face; e os bioestimuladores à base de hidroxiapatita de cálcio e ácido polilático, geralmente aplicados no corpo, com ótimos resultados no combate à flacidez.
Mesmo com diversas opções de tratamento para recuperar o colágeno perdido, o mais importante é a prevenção. Neste sentido, os fotoprotetores solares são os maiores aliados de quem deseja uma pele saudável e firme. O ideal é combinar protetor solar com chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV.
Existem também algumas substâncias que podem ser ingeridas para potencializar o efeito desses filtros solares. Elas não substituem os filtros, e sim ajudam a ampliar a proteção, diminuindo os efeitos dos radicais livres, que causam o envelhecimento. Mais do que uma pele bonita, a pessoa vai conquistar uma pele saudável, minimizando o risco de patologias graves, como queimaduras ou câncer de pele.
Para identificar as melhores formas de tratamento, é recomendado que os pacientes realizem, regularmente, consultas com médicos para avaliar a melhora e indicar o tempo de uso mais adequado.



Cláudia Peres - médica dermatologista, especialista pela SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.



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