Além de adotar o roxo como cor símbolo,
campanha busca divulgar os sintomas para o diagnóstico precoce da doença
A
Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, por meio do Programa
Municipal de Combate da Hanseníase, promoverá nesta quarta-feira (31) uma ação
de combate e prevenção da doença, ainda endêmica no Brasil. A ação é uma
iniciativa do Ministério da Saúde e contará com a participação de outros
municípios em todo território nacional.
Em
2007, o município de São Paulo registrou 311 casos novos de hanseníase
(coeficiente de detecção de 2,82 por 100 mil habitantes). Os dados preliminares
indicam que em 10 anos, o número caiu para 89 (coeficiente de detecção de 0,76
por 100 mil habitantes). “Os principais objetivos da ação são intensificar a
detecção de casos na população, por meio da sensibilização dos profissionais da
rede básica de saúde para a suspeita diagnóstica e divulgar os sintomas e
sinais da doença, como o aparecimento de manchas na pele com perda ou
diminuição da sensibilidade. Temos de esclarecer à população o quanto é
importante procurar uma unidade de saúde para o diagnóstico precoce”, afirma
Carlos Tadeu Maraston Ferreira, coordenador do Programa Municipal de Controle
da Hanseníase.
Além de adotar como símbolo da campanha a cor roxa-purple, que iluminará alguns
monumentos e viadutos da cidade, haverá ação de divulgação dos sinais e dos
sintomas da doença, a fim de motivar as pessoas a procurarem manchas
avermelhadas ou esbranquiçadas pelo corpo, com diminuição ou perda de
sensibilidade, na Praça da República (Centro), das 10h às 15h, Praça do Forró
(zona Leste), das 10h às 15h, Terminal Capela do Socorro (zona Sul), das 9h às
12h, Terminal Jabaquara (zona Sul), das 13h às 16h, Terminal Rodoviário Grajaú
(zona Sul), das 9h às 12h. Além disso, as unidades de saúde também terão
atividades de conscientização.
As
pessoas que apresentarem os sintomas serão instruídas a procurarem uma Unidade
Básica de Saúde (UBS) para consulta médica em busca do diagnóstico. Quem
receber o diagnóstico positivo deverá iniciar o tratamento gratuito em alguma
unidade de referência para hanseníase no município.
O
tratamento, além de garantir a cura, previne incapacidades físicas e bloqueia a
transmissão da doença a partir da primeira dose do medicamento.
Paralelamente, também serão estimulados os exames em familiares com contato
direto com quem já faz o tratamento, com o intuito de conseguir o diagnóstico
precoce e a interrupção da cadeia de transmissão da doença.
Manifestações
da doença
·
Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com
diminuição da sensibilidade – manchas dormentes, que não doem, não coçam e não
incomodam e, por isso, muitas vezes passam despercebidas, principalmente se
localizadas nas costas e nádegas;
·
Diminuição da sensibilidade ou formigamento de
extremidades de mãos, pés ou olhos. Por não sentir dor, o paciente pode se
ferir ou queimar e desenvolver complicações como úlceras e infecções locais.
·
Diminuição ou perda de força muscular em mãos, pés
e pálpebras, levando a queda de objetos das mãos, andar arrastado, dificuldade
em fechar as pálpebras devido ao ressecamento dos olhos.
Como
se adquire a doença?
A Hanseníase se transmite de pessoa para pessoa através de secreções das vias
respiratórias (nariz e boca) e de um contato íntimo e prolongado com um doente
sem tratamento. A evolução é lenta. Após o contágio, os sintomas podem surgir
de dois a 10 anos.
Tratamento
O tratamento da hanseníase não requer internação e é feito com a administração
de remédios via oral por períodos que podem variar de 6 a 12 meses, dependendo
da forma clínica da doença.
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