Pessoas com diabetes podem sofrer com hiper ou
hipoglicemia, quando fazem jejum para exames. Diabetes mata quase uma pessoa
por hora no estado de São Paulo
Está em
tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, um projeto de lei que quer obrigar
laboratórios públicos e privados da capital paulista a priorizarem o
atendimento de diabéticos em exames que exijam jejum total ou parcial do
paciente. De autoria do vereador Rinaldi Digilio, o Projeto de Lei 771/2017
prevê que a pessoa com diabetes, no ato de solicitação do exame, comprove sua
condição ao responsável pelo serviço de coleta e seja atendido primeiro.
Alguns
exames exigem jejuns que podem variar de duas até 12 horas, o que somado ao
tempo de espera ou fila de um laboratório, pode causar crises de hiper ou até
hipoglicemia nos diabéticos. “Apesar de não ser o correto, existem laboratórios
que pedem jejum até para um simples hemograma e para a pessoa com diabetes é um
sofrimento muito grande, pois ela não pode ficar sem se alimentar. Há casos de
pessoas que desmaiam na espera pela coleta do exame. A ideia é evitar problemas
desse tipo”, afirmou o vereador.
Dados da
International Diabetes Federation, apontam que mais de 14 milhões de
brasileiros sofrem com a doença e cerca de 130 mil diabéticos morrem anualmente
no país. Somente no
estado de São Paulo, em 2012, houve mais de 21 mil internações e 9.562
falecimentos devido a diabetes, o que equivale a uma morte por hora.
A medida
proposta prevê de advertência, passando por multa de R$ 5.000, dobrando na
reincidência, até mesmo o fechamento da unidade que não respeitar a prioridade
aos diabéticos. O projeto deverá passar pelas comissões da Câmara Municipal no
início de 2018, antes de seguir para duas votações em plenário. A ideia é que o
projeto vá para a sanção do prefeito João Doria no fim do primeiro semestre do
próximo ano. A regulamentação de como irá funcionar a priorização e a
fiscalização dos laboratórios, legalmente, caberá ao Executivo após a sanção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário