Existem
diversos motivos para fechar um ciclo. Fazemos isso quase todos os dias, quando
deixamos o local de trabalho, e também às sextas-feiras – se por acaso você não
faz isso deveria pensar a respeito e incluir esses hábitos na sua rotina.
Minutos investidos em planejamento sempre rendem.
Nem mesmo o aniversário é tão
simbólico e motivador como o fim de ano para estimular uma avaliação total e
irrestrita em todas as áreas da nossa vida. Caso consiga compartimentar seu ano
em projetos, áreas da vida, ainda melhor. Nós costumamos desprezar o valor
desse auto-feedback contínuo, que é uma boa maneira de perceber o caminho que
já foi percorrido e o quanto ainda falta para chegar ao final.
Então, fim de ano está aí! Assim como
o show do Roberto, as retrospectivas, sua avaliação também não pode faltar. Se
nunca fez, nunca é tarde para iniciar.
Avaliações nem sempre são bem-vindas,
pois quase sempre misturamos o que fazemos com o que somos. Caso ainda não
consiga perceber que essas são coisas distintas, provavelmente você é um dos
que não vê com bons olhos qualquer tipo de avaliação.
Não atender a uma expectativa em uma
avaliação, seja ela qual for, não diz nada sobre quem você é – significa apenas
que você não fez o que deveria ser feito. Agradeça essa avaliação e esse
feedback, pois esses elementos mostram a distancia que existe entre o que você
faz e o que você deveria ter feito.
Claro que neste exato momento você
deve estar questionando em que mundo eu vivo, já que existem diversos
parâmetros, metas e condutas às quais somos submetidos diariamente e devemos
nos enquadrar e atender às expectativas ou então somos reprovados. Sim,
exatamente isso: em nenhum momento desprezo ou ignoro os pontos nos quais você
está sendo avaliado, o que questiono é a maneira como você reage a essas
avaliações.
Uma avaliação isenta de julgamento
não analisa intenção positiva, valores e princípios. Se, ao receber ou realizar
uma avaliação, você enxergar, sentir ou ouvir que algum desses elementos deva
ser ajustado, seguramente o avaliador ou avaliado estão confundindo criador com
criatura. Apenas o que você cria pode ser avaliado. Se o criador é avaliado,
não estamos falando de avaliação e sim de julgamento.
O mundo não é um lugar justo e não há
muito que você possa fazer em relação a isso. O que você pode fazer é
simplesmente começar a ser justo consigo mesmo, utilizando uma técnica básica
de autoanálise, a observação sem julgamento.
Ao realizar essa autoanálise, ajuste o seu senso critico
ao nível mais alto possível e lembre-se sempre de observar sem julgamento,
limitando-se a observar os fatos como realmente são e os resultados –
basicamente, o que você fez ou deixou de fazer e quais as consequências.
Sei que o ser humano pode ser muito
cruel, e essa crueldade não tem limites quando se trata de autojulgamento,
autocrítica ou autossabotagem. Uma autoavaliação pode se tornar uma inquisição
e, para não cair nessa armadilha, sugiro algumas perguntas para uma avaliação
precisa e justa:
Pessoalmente:
· Consigo
identificar as minhas necessidades?
· Tenho
buscado orientação, direcionamento e/ou conhecimento?
· Assumo
as minhas responsabilidades?
· Consigo
expressar claramente meus sentimentos?
Profissionalmente:
· Você
atingiu as metas definidas? Realizou as tarefas exigidas? Superou as
expectativas?
· Concluiu
as tarefas dentro dos parâmetros determinados? Foi além dos padrões de
qualidade?
· Cumpriu
os prazos?
Deixe para que os outros nos avaliem segundo suas
referências e parâmetros – e você sabe que não são poucos! Aprenda a se
observar sem julgamento e que esse hábito possa se estender às pessoas ao seu
redor em 2018. Afinal, o resultado é que depende do ser humano e não o
contrário.
Genesio
Filho é master coach com certificação internacional e atua na gestão de pessoas
há 10 anos, principalmente na renovação e organização de empresas
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