Considerada a doença física mais comum na infância, uma em cada três
crianças é incapaz de andar
A paralisia cerebral infantil é uma patologia
crônica e sem cura, que precisa de muita atenção e conscientização para amparar
os portadores e seus familiares. De acordo com pesquisa divulgada em setembro
de 2017 pela Cerebral Palsy Foundation (CPF), a doença acomete cerca de 17
milhões de pessoas no mundo.
Podendo ser descoberta no nascimento ou durante
a infância, a paralisia cerebral apresenta sintomas, como: falta de coordenação
muscular, tremores ou movimentos involuntários, dificuldade para caminhar,
atrasos no desenvolvimento da fala, dificuldade com movimentos básicos, como
segurar um lápis ou uma colher, deficiência intelectual, problemas de visão e
audição.
Dados divulgados pela Cerebral Palsy Foundation (CPF) mostram que:
1 em cada 3 crianças não anda;
1 em cada 4 não fala, tem epilepsia,
comportamento em desordem e incontinência urinária;
3 em cada 4 apresentam dores;
1 em cada 10 tem a visão prejudicada;
1 em cada 5 tem o sono prejudicado.
“É importante que os pais fiquem atentos aos
sinais conforme o bebê amadurece. Se houver demora em aprender a andar,
desenvolver habilidades motoras e coordenação é preciso procurar um
especialista. Através do exame de sangue e ressonância magnética é possível
verificar alterações no cérebro e se há algum distúrbio”, afirma Dra. Valeria
Muoio, neurocirurgiã pediátrica.
Apesar de não ter cura, existem tratamentos que
auxiliam para que as crianças possam evoluir e alcançar seu nível máximo de
capacidade. “O quadro pode ser tratado através de terapias, como fisioterapia,
fonoaudiologia, terapia ocupacional, terapia recreativa e em casos mais graves
é preciso de neurocirurgia para relaxar o músculo e reduzir as dores”, explica
a especialista.
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