segunda-feira, 30 de outubro de 2017

ENEM: Estudantes buscam formas diferentes de se preparar



 A aplicação da prova mudou e o jeito dos alunos estudarem também. Hoje em dia, muitos jovens têm recorrido à ginástica cerebral, prática que turbina memória, concentração e raciocínio e ajudam a ter desempenho diferenciado


Todos os anos, milhares de alunos dedicam horas e mais horas estudando para realizar um sonho em comum: entrar na faculdade. Atividades preparatórias como simulados e revisões são regras básicas, mas o que muitos estudantes estão fazendo agora para conquistar um diferencial é treinar o cérebro.

A estimulação cognitiva aumenta a capacidade e a agilidade de nosso cérebro. Como? Por meio de desafios variados, constantes e crescentes, potencializamos nosso cérebro para responder com maior rapidez e consistência às demandas do dia-a-dia.

A prática está fundamentada na neurociência, no conceito de neuroplasticidade cerebral. “Esta é a capacidade que o nosso cérebro tem de se modificar de acordo com os estímulos, criando novas conexões entre os neurônios”, explica Solange Jacob, Diretora Pedagógica do Método Supera, uma rede de escolas de ginástica para o cérebro com 200 unidades em todo o Brasil. 

Ela completa dizendo que esta é uma condição, e não uma habilidade do cérebro. Portanto, é possível aprender e desenvolver o cérebro durante toda a vida, sem limite de idade.

Prova disso é a aluna Esmaelen Vargas, de 18 anos, que está se preparando com cursinho pré-vestibular e treinando o cérebro no SUPERA Volta Redonda (RJ). 

“Meu raciocínio e concentração melhoraram bastante desde que comecei a fazer exercícios para o cérebro. Agora também tenho mais agilidade, principalmente na hora de fazer as contas matemáticas. Temos pouco tempo para resolver todas as questões na hora da prova e sei que isso vai ajudar bastante!”, conta a estudante, que pretende prestar o ENEM para cursar Farmácia ou Ciências Biológicas. “Ainda estou decidindo”, diz. 

Assim como ela, Gustavo Muraishi também relata que a ginástica para o cérebro o ajudou nos estudos. No caso do estudante, que fez o curso do SUPERA em Ribeirão Preto (SP), a prática foi decisiva para o ingresso na faculdade. 

“Estudo para medicina há quatro anos e sempre fiz cursinho pré-vestibular. Como a minha mãe já conhecia o SUPERA, achamos que poderia contribuir para os meus estudos. Fiz quase um ano de SUPERA e fui aprovado em medicina na FAMP, em Goiás. Com o SUPERA, eu consegui me concentrar melhor nos estudos. As distrações não me tiravam atenção e eu conseguia ficar mais tempo estudando”, conta o aluno.

Como eu faço para treinar meu cérebro?
Cuidar da saúde está indo muito além dos exercícios físicos e da boa alimentação. As pessoas agora estão preocupadas em treinar o cérebro, para mantê-lo saudável e operando no máximo de sua capacidade.

E se você pensa que essa é uma atividade desinteressante, está muito enganado. No curso de ginástica para o cérebro, alunos de todas as idades exercitam a mente com atividades lúdicas e divertidas, como jogos de cartas, de tabuleiro, apostilas com exercícios cognitivos, dinâmicas em grupo, ábaco (um instrumento milenar para cálculos) e as neuróbicas (chamadas assim porque funcionam como uma atividade aeróbica para os neurônios). 

Esta última ainda pode ser praticada em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar. Trata-se de atividades do cotidiano praticadas de uma maneira diferente, fazendo com que o cérebro da zona de conforto e, assim, fortaleça suas conexões. 

“Alguns exemplos são: trocar de roupa com os olhos fechados, trocar o lugar que você se senta à mesa nas refeições, escovar os dentes com a mão não dominante, ver as horas no espelho, fotos de cabeça para baixo, fazer trajetos diferentes para chegar a um mesmo destino”, revela Solange Jacob.





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