Doença acomete, predominantemente, homens e
afeta a população mais jovem, entre 15 e 35 anos1
A
conscientização é uma ferramenta significativa quando se fala em qualquer
doença e determinadas datas contribuem para a ampliação do
conhecimento, como o mês de setembro, dedicado aos linfomas. É
conhecido como Setembro Lilás e, mais especificadamente,
o dia 15, marca o “Dia Mundial de Conscientização
sobre Linfomas”, quando se discute o tema com maior profundidade.
O linfoma de Hodgkin, por exemplo, teve, em 2016, uma estimativa
de 2.470 novos casos pelo INCA2. Você já ouviu
falar deste câncer raro?
Como todo o
tipo de linfoma, o Hodgkin acomete incialmente os linfonodos,
pequenos órgãos encarregados da condução do sistema linfático, que produz
e transporta as células responsáveis pela imunidade por todo o corpo3. Frente à propensão
de propagação da doença, é importante que seja diagnosticada com a
maior antecedência possível.
“Quando
acometidos, os linfonodos aumentam de tamanho e em regiões onde eles se
localizam mais superficialmente, tais como pescoço, axilas e virilhas, este
aumento fica mais perceptível, fazendo com que o paciente procure atendimento
médico e, por sua vez, o médico possa pensar no diagnóstico”²,³ explica Dra. Tânia
Barreto, gerente médica da Takeda.
Alguns
dos principais sintomas da doença são fadiga persistente,
suores noturnos, perda de apetite e peso, inchaço dos gânglios e até mesmo
maior sensibilidade a ingestão de álcool3. A doença
acomete, majoritariamente, os homens entre os 15 e 35
anos e não há uma causa específica identificada1. “É
muito comum que os pacientes demorem a perceber seus sintomas, pois
são inespecíficos e podem aparecem também em outras doenças. Isso
leva o paciente a buscar o especialista correto ainda
mais tarde”, comenta a médica.
Na maioria das
vezes, o primeiro médico acionado para tentar o
diagnóstico é o clínico geral, que irá verificar todos os
sintomas do paciente e fazer as conexões entre eles, indicando os
próximos passos1. No caso do linfoma de Hodgkin, os
exames necessários são: físico, que procuram os vestígios
da manifestação da doença nos linfonodos, exame de sangue e a
biópsia para concluir a suspeita.
Existem
ainda outros instrumentos utilizados, como exames de imagem (Raio-x de tórax, tomografia computadorizada e PET)¹. “A partir do que for diagnosticado e
do estadiamento, isto é, doença mais precoce/ localizada ou doença mais
avançada/ invasiva, será definido o melhor tratamento”1, afirma Dra.
Tânia.
O tratamento
do linfoma de Hodgkin
Entre
os possíveis caminhos terapêuticos, a quimioterapia costuma
ser a primeira opção. Administrada por via venosa, o objetivo é
destruir as células tumorais e, em alguns casos, pode ser utilizada
juntamente à radioterapia, caracterizada pela emissão
de raios com alto teor de energia que irão cessar, ou destruir,
estas mesmas células. No caso dos pacientes de
Hodgkin, esses raios são direcionados para a área que
tem os linfonodos afetados.
Caso estas
medidas não sejam efetivas, se recorre ao transplante de células
tronco, que tem o intuito de fornecer células saudáveis ao
paciente utilizando suas próprias células. Este tipo de
transplante se chama autólogo. Caso a doença progrida e ocorra o que é chamado
de recidiva, é proposta uma nova linha de tratamento: a
terapia-alvo. Se, mesmo assim, a doença
continuar progredindo, o próximo passo é um transplante de
medula óssea que é feito a partir de um doador. Nesse caso o transplante passa a ser denominado alogênico.
O grande
diferencial da terapia-alvo é o direcionamento realizado
apenas para as células cancerígenas do Linfoma de Hodgkin. É um tratamento específico que poupa as células sadias,
diferentemente da quimioterapia convencional que ataca células doentes, mas
também as saudáveis. “O medicamento tem uma distinção importante em sua
seletividade no mecanismo de ação”, explica Dra. Tânia. No
Brasil, há apenas uma opção aprovada para este tipo de câncer, o brentuximabe vedotina.
Takeda
Referências
1. Portal
Minha Vida [Internet] 2016. Linfoma de Hodgkin: sintomas, tratamentos
e causas. [cited 2017 aug 14]. Available
from: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/linfoma-de-hodgkin
2. Instituto
Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva [Internet] 2016. Linfoma de
Hodgkin. [cited 2017 aug 14].
Available from: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_hodgkin
3. Instituto OncoGuia [Internet] 2015. Sinais e sintomas do linfoma de Hodgikin. [cited 2017 aug 14].
Available from: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-linfoma-de-hodgkin/1473/322/
4. IMS Health do Brasil Classe N02b – MAT Mai/16
5. IMS Health do
Brasil - MAT Mai/16
6. IMS Health do Brasil
Classes D06A0; D08A0 e D04A0 - MAT Mai/16
7. IMS Health do Brasil
Classe R05A0- MAT Mai/16 7
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