A saúde do coração não está diretamente ligada à
idade. Apesar da menor probabilidade ao problema, os jovens não estão imunes às
doenças cardíacas. De acordo com o cardiologista do Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos, Renato Arnoni, até os 30 anos os diagnósticos mais comuns não
estão atrelados apenas aos maus hábitos.
Nesta faixa etária, uma das principais causas de
problemas no coração são as alterações congênitas, adquiridas antes do
nascimento. Arnoni explica que, quando o diagnóstico é feito em adultos jovens,
a possibilidade de ser uma doença benigna torna-se maior.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
divulgados em 2016, apontam que cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos
os anos vítimas de doenças cardiovasculares (como ataques cardíacos e derrames)
– causa número um de morte em todo o planeta.
Além das doenças congênitas, outros problemas
cardíacos podem aparecer de maneira silenciosa. O médico reforça que, por não
apresentarem sintomas claros, fatores de risco como antecedente familiar de
doença cardíaca, estresse e histórico de colesterol alto desde a infância não
devem passar despercebidos.
Esses quadros clínicos podem evoluir para outras
consequências, como o infarto. O cardiologista esclarece que, nesta fase da
vida, como ainda não há a circulação colateral, a lesão na artéria tende a ser
mais grave. "O organismo dos mais jovens tem dificuldade em desenvolver
outras formas do sangue passar após a obstrução", explica Arnoni.
As arritmias, caracterizadas pelos batimentos
irregulares do coração, estão também entre as preocupações. Os casos mais
graves necessitam de cirurgia, porém, na maioria das vezes, é possível
controlar com medicamentos.
Para evitar situações mais críticas e ter um
diagnóstico precoce, é recomendado o acompanhamento médico desde a infância,
principalmente quando há fatores de risco. O cardiologista salienta que,
algumas destas doenças do coração podem estar ligadas aos maus hábitos, sendo
importante ter uma vida saudável.
"É fundamental começar a se cuidar desde cedo
para evitar problemas futuros, como as doenças coronárias. Por isso deve-se
controlar os fatores de risco, como tabagismo, colesterol alterado, obesidade e
histórico familiar", pontua o especialista.
A atividade física está também entre as práticas de
prevenção. Arnoni aconselha exercícios regrados, como caminhadas, com
acompanhamento clínico.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul
de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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