Opinião
Lutamos
tanto para o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores. Desde o início da
história, tantas foram as greves e tantos foram os atos públicos para chegarmos
até aqui e constatarmos que candangos estão em choque! Sim, a reforma
trabalhista é uma realidade que nos bate a porta com a cristalina
flexibilização dos direitos trabalhistas e, ouso dizer, com o significativo
retrocesso de direitos antes guarnecidos. Podemos destacar, dentre os pontos de
relevante reforma, a desnecessária homologação da rescisão do contrato de
trabalho pelo sindicato da categoria ou Ministério do Trabalho, a possibilidade
de demissão consensual, que sem dúvidas dará azo a simulações na prática, e a
fixação de apenas trinta minutos para o almoço, esta que nos remonta uma realidade
desumana dentro do ambiente laboral. Afinal, o que ocorre com o Brasil que ao
invés de oferecer condições mais qualitativas de trabalho, tal qual os países
desenvolvidos, simplesmente, criam, cada vez mais, meios e desculpas para
retroceder os até então conquistados? Buscamos produzir mais? Gerar mais riqueza e oportunidade no país? Parece-me que não.
Cientificamente, sabe-se que oferecendo melhores condições de trabalho, o trabalhador tende a produzir o dobro do que anteriormente produzia. A questão é política. Precisamos repensar o Brasil que estamos construindo para que no futuro reconheçamos o que todos buscamos: o progresso!
Dra. Giselle Farinhas - Advogada
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