Brasil é o segundo
entre os países mais estressados do mundo
Sete em cada dez brasileiros reclamam de estresse
no trabalho. Destes, pelo menos três sofrem da chamada síndrome de Burnout, que
se configura pelo esgotamento mental e físico intenso causado pelas jornadas
intensas, pressão por bons resultados e alta competitividade. Dados do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) revelam que os gastos com
auxílio doença concedidos por transtornos mentais ultrapassaram R$ 218 milhões
no país.
Para Valquiria Manzini, diretora de projetos de
carreira da RH Estratégia, as pessoas devem procurar ajuda sempre que sentirem
essa necessidade. “É preciso estar atento aos sinais que o corpo manda. Logo
que a pessoa começar a sentir problemas como desânimo, exaustão, irritabilidade
e baixa produtividade é importante buscar ajuda”, revela ela, lembrando que as
empresas não podem ficar alheias à questão, devendo apresentar saídas como a
implantação de políticas de bem-estar, algo que vem sendo aderido cada vez mais
no mundo corporativo.
A especialista lembra ainda que, nas grandes
companhias, os estresses mudam de acordo com o cargo, mas, algumas atitudes
ajudam a enfrentar essa questão. Os funcionários, por exemplo, devem criar
estratégias para enfrentar as pressões. “Com o mercado cada vez mais
competitivo e a crise econômica atual é comum nos sentirmos pressionados a
produzir cada vez mais e melhor para mantermos nosso emprego, porém, é
fundamental distinguir entre engajamento e perfeccionismo. Negociar prazos para
a entrega de um projeto e definir prioridades são habilidades fundamentais para
evitar problemas com a saúde”, comenta Valquiria, que também é psicóloga e tem
mais de 20 anos de experiência na liderança e implantação de estratégias de
Recursos Humanos.
Ainda para a especialista é ideal saber avaliar o
tamanho de cada problema, já que pequenas questões não devem ser recebidas e
nem tratadas com a mesma gravidade de grandes dificuldades. É importante, por
fim, que as pessoas mantenham o pensamento positivo, por mais difícil que seja,
já que isso contribui para sua qualidade de vida e estimula as outras pessoas a
fazerem o mesmo, melhorando o ambiente de trabalho. Já entre os empresários, a
atenção principal deve se dar na forma de comunicar-se com os funcionários.
Pequenos ruídos de comunicação podem gerar grandes males. Transparência é
fundamental, porém, deve-se sempre ter atenção com o uso adequado das palavras.
Diante desse cenário caótico, buscar ajuda por meio
de psicoterapia, meditação ou outra técnica de relaxamento é uma das saídas
mais usadas para fugir do estresse e buscar o equilíbrio. Entre as técnicas
mais procuradas e com resultados mais efetivos está a Acupuntura, que ajuda a
aliviar sintomas que se tornaram comuns, como ansiedade, fome
incontrolável, irritabilidade e
falta de sono. “A
técnica milenar chinesa auxilia diretamente na questão emocional, melhorando o
mau humor, a
sensibilidade excessiva, além de aumentar a disposição para trabalhar e fazer
atividades físicas. As sessões geram bem estar e devolvem a saúde e a
vitalidade perdida com a rotina estressante do dia a dia, no qual as pessoas
tem que enfrentar problemas no trabalho, com a família e em casa”, comenta a
especialista.
Valquiria
Rozalém Manzini - Psicóloga e pós-graduada em Administração de RH
pela FAAP. Profissional com mais de 20 anos de experiência na liderança e
implantação de estratégias de Recursos Humanos. Forte experiência em
desenvolvimento de modelos de gestão e avaliação de pessoas, plano de sucessão,
diagnósticos de clima e cultura, mapeamento e desenvolvimento de talentos e
atuação como Executive Coach. Atuou em empresas como Banco Itaú Unibanco, Avon
Cosméticos, Sherwin Williams e Camargo Correa.
Dra.
Márcia Lika Yamamura - Professora Colaboradora do Setor de Medicina
Chinesa-Acupuntura da Disciplina de Ortopedia do Departamento de Ortopedia e
Traumatologia da UNIFESP / EPM. Supervisora do PRM Acupuntura da UNIFESP.
Mestre em Epidemiologia pelo Departamento de Medicina Preventiva da UNIFESP.
Diretora Científica do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA). Diretora
do Center AO (Centro de Estudo e Pesquisa da Medicina Chinesa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário