quinta-feira, 22 de junho de 2017

Cinco dicas para projetar a carreira: da Universidade ao mercado de trabalho, um guia de boas escolhas



Consultora da Page Talent aponta caminhos para elevar o nível de aprendizado e reforçar o conhecimento prático dos jovens que estudam e trabalham


Conciliar os estudos em meio às dúvidas e dificuldades da fase inicial da carreira não é tarefa fácil. E nem sempre fica evidente que esta etapa pode ser decisiva para o desenvolvimento do jovem profissional: “A universidade também deve ser compreendida enquanto laboratório de ideias e experiências saudáveis para a carreira, obviamente, sem que isso comprometa o ambiente de estudos e as oportunidades de convivência únicas deste período. É fundamental cultivar atividades, interesses e contatos que aproximem a rotina universitária da porta de entrada do mercado”, ressalta Manoela Costa, gerente executiva da Page Talent, unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees.

Confira cinco dicas para o jovem profissional projetar sua carreira a partir da vida universitária, momento em que as oportunidades de convivência e aprendizado são abundantes.  


1- Comece cedo: busque oportunidades desde o início (evite a pressão do 3º ano)

Muitos jovens acreditam que os primeiros anos de faculdade são apenas para estudar e aproveitar a vida com maior independência: “É ótimo aproveitar o clima de recém-chegado à faculdade, mas os barzinhos não precisam ser as únicas atividades fora das aulas. Quanto mais cedo o jovem pensa sobre a sua escolha profissional, menor será a preocupação no emblemático terceiro ano universitário, que é justamente o período quando todos começam a vasculhar oportunidades dentro do campo que estão estudando. Mas, é muito importante que os estudantes tenham em mente que eles não precisam começar as experiências de trabalho apenas nos estágios. Cito alguns exemplos: é possível se candidatar para ser monitor de classe, principalmente em matérias/aulas que o jovem se identifica. Outro ponto, se colocar à disposição dos professores em projetos de pesquisa e atividades de estudos, e até mesmo trabalhar de forma voluntária na biblioteca, nos laboratórios, empresas juniores, athleticas e outras entidades das faculdades. Todas essas iniciativas atribuirão repertório e senso de responsabilidade, fatores que todas as empresas buscam, e que nesta etapa da vida, os jovens têm a chance de desenvolver no próprio ambiente de estudos”, confirma Manoela Costa.


2 - Leve a sério os trabalhos em grupo (nas empresas será crucial lidar com equipes)

Alguns jovens pensam que trabalho em grupo é o mesmo que dividir as responsabilidades em partes, onde cada um faz o seu, e no final é só reunir tudo no mesmo arquivo e pronto. “Bom, quem já passou por isso, sabe que não funciona. Pode parecer ingênuo e trabalhoso, mas os trabalhos em grupo são muito importantes para a compreensão do que é trabalhar em equipe no mundo corporativo. No começo, o jovem não conhece bem as outras pessoas, portanto, haverá embates de liderança dentro de projetos, e até bate-boca por conta de ideias diferentes e atitudes que não agradam ao grupo como um todo. Tudo isso é normal. Essas experiências são muito importantes, pois representam na prática o que é liderar, delegar funções, montar apresentações, e criar relatórios, tudo muito parecido com a vida real dentro das empresas. 
Diante de um jovem que se dedicou nos trabalhos em grupo, recrutador saberá a diferença entre uma pessoa que está acostumada a trabalhar em sintonia com as outras e pessoas que não sabem lidar com ideias distintas”, ensina a gerente executiva da Page Talent.


3 - Dê um passo de cada vez (saltar do estágio para a Presidência não é o padrão)

Alguns jovens têm muita pressa de serem bem-sucedidos, por uma série de fatores. A visão moderna do sucesso exige importantes reflexões para as pessoas e para a sociedade. “É comum ouvir das empresas que alguns acreditam que vão se formar hoje e virar diretores amanhã. É importante ir com calma, passar até mesmo por mais de um estágio, antes de mergulhar na construção de carreira, porém, antes disso é muito saudável participar da vida universitária de forma intensa (em diretórios acadêmicos, monitorias, pesquisa, simulações). 

Em resumo, o jovem priorizar o autoconhecimento. Existem muitos exemplos de estudantes que se tornam milionários da noite para o dia, em especial em ramos de tecnologia ligados às startups, mas essa não é a regra para a imensa maioria. A inspiração é válida, mas não é razoável considerar que todos terão o mesmo destino, por exemplo, do fundador do Facebook”, comenta a consultora.


4 - Não se compare com os outros (aproveite para treinar as suas virtudes)

Durante os estudos é natural o sentimento de comparação, às vezes incessante, entre os jovens e os seus colegas. “Cada um tem o seu tempo e sua história para construir. Tem gente que vai fazer um estágio antes de todo mundo, outros vão entrar em atividades esportivas, e ainda tem aqueles que são muito envolvidos com as preocupações da classe (representantes de sala, monitores etc.). No final das contas o importante é saber que quanto mais o jovem aproveitar a vida na universidade, mais ele estará preparado para a sua carreira. O mundo do trabalho não começa só depois do diploma. Toda a troca de saberes e divisão de preocupações serão uma espécie de academia para as habilidades, como se o estudante estivesse treinando os seus conhecimentos e descobrindo as suas limitações, que certamente, ficarão mais evidentes a partir da rotina no mercado de trabalho”, sinaliza Manoela Costa.


5 - Aprenda com os outros (esteja atento ao potencial das pessoas)

Pode parecer clichê, mas muitos jovens não sabem o quão valioso é aprender com as outros. “É interessante notar que um líder só atingirá os resultados pretendidos se for capaz de aprender com a sua equipe – inclusive para corrigir os erros com mais qualidade. Na vida profissional é preciso ir além dos cursos para desenvolver habilidades, hoje o profissional que é capaz de extrair melhorias para as empresas, e para os negócios, partindo do conhecimento contido nas pessoas à sua volta, é extremamente valorizado. Olhar para o potencial das pessoas é algo comum na vida acadêmica, pois os talentos da sala de aula vão se revelando em diferentes etapas da formação. No mundo corporativo isso também ocorre, e quem souber aprender com outros, estará sempre à frente”, finaliza Manoela Costa.






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