quarta-feira, 26 de abril de 2017

Nutricionista alerta aos perigos da dieta do jejum intermitente



Novo modismo alimentar surte efeito contrário e emite alerta de perigo ao organismo


Quando se trata da busca pelo corpo perfeito, muitas pessoas priorizam apenas a ideia estética e se esquecem do fator principal: a saúde. O novo modismo é a dieta do jejum intermitente, um método que incentiva a proibição alimentar por até 24 horas com a promessa de estimular o organismo a queimar a gordura estocada como principal fonte de energia.

Beatriz Botéquio, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), alerta sobre os perigos desta “abstinência” e explica que durante o processo, o organismo usa a gordura do tecido adiposo como fonte de energia, com ação do glucagon, um hormônio ligado à quebra das moléculas de gordura.

“O problema é que o cérebro não entende esta redução da ingestão de calorias como uma situação benéfica para o emagrecimento. Ao invés disso, emite um alerta de perigo. O nosso corpo depende da produção de energia para poder funcionar corretamente e esse combustível só pode ser obtido através da alimentação”, explica.

Quando o jejum é interrompido, há uma elevada secreção de insulina, às vezes maior do que a necessária, levando à hipoglicemia. Além disso, as alterações no humor e hálito ruim irão aparecer com frequência. Fadiga e falta de concentração são outras consequências possíveis.

Então fique atento! Nem sempre o número mostrado no visor da balança é sinal de sucesso. O jejum intermitente não é uma opção saudável de perda de peso uma vez que não muda o comportamento alimentar. Uma dieta de emagrecimento precisa contar com o equilíbrio entre carboidratos, proteínas e gorduras, além de estar de acordo com a rotina de cada um.

“Se o seu objetivo é perder peso, lembre-se que passar fome não é a solução. Qualquer tipo de dieta restritiva pode trazer resultado em curto prazo; no entanto, os benefícios serão muito mais duradouros se houver uma reeducação alimentar”, conclui a nutricionista.





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