Em
outubro de 2.016, foi publicada a RESOLUÇÃO - RDC No- 119, que dispõe sobre
a composição das vacinas Influenza a serem utilizadas no Brasil no ano de 2017
Está aberta a temporada de
"caça à gripe". Em 2016, fomos surpreendidos por uma antecipação dos
casos de Influenza esperados para maio, quando estava programada a campanha de
vacinação do Ministério da Saúde.
Por conta dessa situação
inesperada, houve um aumento do número de casos no Brasil, entre fevereiro e
março, “trazidos” por conta do turismo (Disney, Canadá e Europa). No Hemisfério
Norte a vacinação é aplicada no 2º semestre de um ano para que no começo do ano
seguinte (período de epidemia) os habitantes já estejam protegidos.
Os brasileiros que
viajaram para essas regiões em janeiro não estavam mais imunizados contra a
Influenza pela vacinação de maio de 2015, realizada no Brasil, foram
infectados, adoeceram e importaram os vírus.
Em outubro de 2.016, foi
publicada a RESOLUÇÃO - RDC No- 119, que dispõe sobre a
composição das vacinas influenza a serem utilizadas no Brasil no ano de 2017.
Essa resolução levou em
conta alterações genéticas observadas no vírus H1N1, responsável pelos casos de
Influenza e uma nova cepa faz parte da composição das vacinas, tanto da
trivalente, que será distribuída pelo Ministério da Saúde, quanto da
quadrivalente, das clínicas particulares.
Nesse caso, pela primeira
vez desde 2010, sai a cepa viral semelhante ao vírus A/California/7/2009 (H1N1)
e entra a do vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09.
Assim, a nova composição
das vacinas recomendadas tanto pela ANVISA como pela SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) para
2.017 é:
Vacinas Influenza
trivalentes
Três tipos de cepas de
vírus em combinação (2 tipos de cepas do vírus Influenza A e 1 tipo do
Influenza B), dentro das seguintes especificações:
·
Um
vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
·
Um
vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2); e
·
Um
vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
Vacinas Influenza
quadrivalentes
As vacinas quadrivalentes
com dois tipos de cepas do vírus influenza E e dois tipos do B deverão conter:
·
Um
vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
·
Um
vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2);
·
Um
vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008; e
·
Um
vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013.
A previsão para uma
campanha inicial de vacinação contra gripe é dia 10 de abril, podendo ser
antecipada (prestem atenção às comunicações nas mídias), mas mesmo assim ainda
apenas para os grupos considerados de risco:
·
Crianças
entre 6 meses e 5 anos;
·
Gestantes
e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto);
·
Pessoas
com 60 anos ou mais;
·
Pessoas
com comorbidades (doenças crônicas respiratórias, do coração, com baixa
imunidade, entre outras);
·
Trabalhadores
da saúde;
·
Indígenas
aldeados;
·
Público
penitenciário.
Recomendações
finais
“Quer a composição da
vacina permaneça a mesma, quer mude de um ano para o outro, os grupos mais
vulneráveis devem se vacinar todos os anos porque a quantidade de anticorpos
diminui ao longo dos meses (6 a 8 meses), reduzindo o grau de proteção”, afirma
o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Para toda a população
(vacinados ou não), recomenda-se a atenção a cuidados simples como formas de
prevenção: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir
e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal,
entre outros.
“Se notarem os seguintes
sintomas: febre, tosse ou dor na garganta, acompanhados de dor de cabeça, dor
muscular e nas articulações, a recomendação é procurar um serviço de saúde o
mais rápido possível. Pode ser gripe, mas também dengue, Zika, Chikungunya e
até febre amarela (sintomas muito semelhantes) e só o profissional de saúde,
muitas vezes, apenas com o auxílio de exames complementares, poderá
diagnosticar adequadamente e tomar as medidas apropriadas para cada caso”,
recomenda o médico.
Falta de ar, febre por
mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração já podem ser sinais de agravação da doença.
Moises Chencinski
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