Diferente da menopausa, que se caracteriza pelo
período de inatividade reprodutiva ovariana ou momento em que os ciclos
ovulatórios e menstruais da mulher se encerram, a perimenopausa é a transição
dessa fase e pode durar alguns anos. Segundo o ginecologista e obstetra Dr.
Fábio Cabar, especialista em reprodução humana da Elo Clínica de Saúde, é nela
em que a produção de hormônios ovarianos começa a ficar deficiente,
especialmente dos estrogênios, e diversos sintomas, como os famosos
‘calorzinhos’ aparecem. “A carência desses hormônios pode levar ao aparecimento
de uma série de sinais físicos e emocionais que, muitas vezes, trazem
desconforto. Entre eles, devem ser citados a irregularidade menstrual,
ressecamento vaginal, aumento da sensibilidade mamária, mudança de peso,
fogachos (ondas de calor) alterações no sono (especialmente insônia), perda
urinária involuntária, queda de cabelo, ressecamento e perda de elasticidade da
pele, fadiga, alterações de humor como depressão e irritabilidade, déficit de
memória, dificuldade de lidar com o estresse, diminuição da libido, dificuldade
de concentração, etc.”, explica.
Não há uma idade exata para início da perimenopausa
e de forma geral, pode-se dizer que ela se inicia entre os 45 a 50 anos das
mulheres. Apesar de infrequente, a gravidez ainda assim pode acontecer nesse
período. “A mulher que se encontra na perimenopausa, a despeito da deficiente
produção hormonal e da ovulação irregular, ainda pode engravidar e deve ser
considerada de risco, portanto, deve ser acompanhada por médicos bem preparados
e por uma equipe multiprofissional”, ressalta.
O diagnóstico é clínico e depende da identificação
dos sinais e sintomas, especialmente a irregularidade menstrual. Nem sempre a
reposição hormonal é indicada, precisando ser avaliada por um especialista, mas
existem outros métodos para combater e tratar os sintomas. “Devemos lembrar que
existem outras modalidades, não farmacológicas, para a abordagem terapêutica,
como, por exemplo, a manutenção de uma vida saudável, com supressão de hábitos
considerados prejudiciais à vida, como o tabagismo e ingestão de bebidas
alcoólicas, prática regular de atividade física e uma alimentação saudável”,
finaliza Dr. Fábio.
Dr.
Fábio Cabar - Médico ginecologista e obstetra, especialista em
reprodução humana assistida e gestação de alto risco há mais de 10 anos, na Elo
Clínica de Saúde, em São Paulo. Mestre e Doutor em Obstetrícia e Ginecologia
pela Universidade de São Paulo (USP) e título de especialista pela Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro
titular da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP), da
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO),
da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da European Society of
Human Reproduction and Embriology (ESHRE). Site: http://www.eloclinicadesaude.com.br.
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