Campanha
alerta que a taxa de obesidade vem crescendo paralelamente aos índices das
doenças renais crônicas
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores
problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3
bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. Outro
fator alarmante é o número de crianças com sobrepeso e obesidade, que pode
chegar - em um futuro próximo - a 75 milhões de casos.
No
Brasil, a obesidade vem crescendo cada vez mais. Alguns levantamentos mostram
que mais de 50% da população está acima do peso. Entre crianças, estaria em
torno de 15%. A obesidade aumenta o risco de morte e contribui para muitas
outras doenças, como diabetes, hipertensão, dislipidemias (distúrbio nos níveis
de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue), doenças cardiovasculares, transtornos
emocionais e também doença renal crônica, onde estudos apontam que pessoas com
excesso de peso ou obesas têm de 2 a 7 vezes mais riscos de desenvolver o
problema nos rins, em comparação com as de peso normal.
Por
isso, a edição de 2017 do Dia Mundial do Rim, marcado para 9 de março e
promovido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, vem chamar atenção para os
riscos da obesidade, uma das maiores vilãs na causa da doença renal crônica -
enfermidade prolongada nos rins que leva à perda progressiva e irreversível das
funções renais.
O
tema da campanha “Estilo de vida saudável para rins saudáveis” tem o objetivo
de alertar à população sobre o estilo de vida que o brasileiro leva,
facilitando, por meio de maus hábitos na alimentação e o sedentarismo, resultando
no aparecimento de outras graves doenças.
A
Fundação Pró-Rim, referência nacional no tratamento de doenças renais,
participa ativamente da campanha. “Temos como um dos nossos propósitos promover
a prevenção e a conscientização da Doença Renal Crônica, considerada como uma
epidemia silenciosa. A obesidade é uma das doenças causadoras da disfunção
renal. Alertar a população sobre esses riscos é nosso dever”, explica Dr.
Marcos Vieira, nefrologista e presidente da Pró-Rim.
Mas
qual a relação da obesidade e da doença renal?
O
especialista explica que, em pessoas afetadas pela obesidade, os órgãos
precisam trabalhar mais, filtrando mais sangue do que o normal para satisfazer
as exigências metabólicas do aumento do peso corporal. Isso colabora para danificar
o rim e aumentar o risco de desenvolver o problema renal a longo prazo.
“O
grande problema é que quando se descobre a doença renal, na maioria dos casos,
o estado já está avançado, levando a necessidade de hemodiálise ou até de um
transplante renal”, explica o médico.
Como
reverter esse problema?
A
saída está na educação desde a infância, uma das vertentes tratadas no Dia
Mundial do Rim deste ano.
Alertar
sobre os riscos da obesidade e um estilo de vida saudável, incluindo nutrição
adequada e exercício físico, pode ajudar significativamente na prevenção da
obesidade e, consequentemente, da doença renal.
O
médico alerta para a necessidade de evitar e controlar criteriosamente a
diabetes e a hipertensão, que são os maiores causadores da doença renal. Para
isso, hábitos como alimentação saudável, evitar consumo excessivo de sal e
açúcar e práticas de atividades físicas são essenciais. E ainda realizar
periodicamente o exame de creatinina e urina, que podem diagnosticar
precocemente a doença renal.
Em
se tratando de alimentação saudável e prevenção da obesidade, a nutricionista
da Fundação Pró-Rim, Jyana G. Morais, alerta para a importância de consumir
alimentos in natura e evitar o máximo possível o consumo de alimentos ultra
processados. “Alimentos industrializados apresentam baixo valor nutricional e
são ricos em sódio e demais conservantes, elementos extremamente perigosos à
saúde. O importante é comer comida de verdade e não esquecer da água para
manter os rins saudáveis e também para equilibrar o peso”, alerta a
especialista.
Sobre a Fundação Pró-Rim (www.prorim.com.br): A Fundação Pró-Rim é uma entidade sem fins lucrativos com 30 anos de atuação. Realiza tratamento de doenças renais crônicas e possui unidades em Santa Catarina e Tocantins. Está entre as 8 instituições que mais realizam transplantes renais no país e foi a primeira unidade de hemodiálise de SC a receber o nível máximo de Qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA). Pelo sétimo ano consecutivo foi eleita pela Revista Exame, como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil.
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