quinta-feira, 30 de março de 2017

Condomínios: dicas infalíveis para uma convivência saudável



Crianças correndo, animais nas áreas comuns, obras intermináveis e barulho tarde da noite são apenas alguns dos problemas vividos pelos vizinhos espalhados nos mais 180 mil condomínios do Brasil.

O diretor de expansão da BRCondos Taubaté, em São Paulo, João Santoro, apontou quatro dos principais motivos de brigas constantes nos condomínios e  selecionou dicas importantes para exercitar a boa convivência.


Silêncio
Quem não precisa de boas horas de sono depois de um dia exaustivo de trabalho? O que fazer quando a música do vizinho atrapalha o seu direito ao descanso? A primeira coisa que Santoro indica é que todos os moradores conheçam as regras do condomínio. Além disso, a legislação não determina um horário fixo para a lei do silêncio, mas o próprio condomínio pode estipular esse limite.

“O síndico precisa saber que não deve interferir sem avaliar o fato em questão. Se apenas um morador se sente incomodado com o barulho, talvez uma simples conversa entre os moradores resolva o problema. O bom senso é o que vai ditar as regras quando a coletividade não é afetada”, explica.

Porém, se um grande grupo de pessoas se sentir atingido pelo som ou qualquer outro barulho, o síndico deve seguir à risca o que diz a convenção. Se o diálogo e as advertências não forem o suficiente, o infrator deverá ser multado nos termos da convenção e Regimento Interno.


Crianças
As crianças têm energia de sobra para gastar durante o dia e os playgrounds foram feitos para isso. O espaço ideal para que os pequenos se divirtam deve ser respeitado, mas também há regras para utilizá-lo.

Os condomínios devem ter esse ponto descrito no Regulamento, especificando o limite do espaço, horário de uso dos brinquedos, idade propícia para cada um, inclusive alertando para o perigo de correr nas dependências do estacionamento, por exemplo.

Se o barulho exagerado vem do apartamento, o recomendado é que o morador afetado informe do incômodo aos pais ou responsáveis. Uma advertência simples costuma resolver a questão.

“A paciência deve ser de ambos, pois não podemos esquecer que as crianças brincam, riem alto e as brincadeiras podem ser barulhentas. Uma boa dica é eleger um mini-síndico. Apesar de ser uma eleição simbólica, é uma forma de mostrar às crianças as regras e a rotina do condomínio”, aconselha.


Animais de estimação
A maioria dos donos de pets trabalham o dia todo e acabam deixando os animais muito tempo sozinhos. Os casos mais comuns de discussões envolvem os latidos constantes. Se o barulho for intermitente e mais de uma unidade se sentir prejudicada, o proprietário deve ser notificado.

“Todos têm direito de ter um animal de estimação e algumas ações simples podem resolver o problema. Contratar especialistas em passeios com cães alguns dias da semana já ameniza os conflitos”, indica.

Além disso, algumas regras simples previnem grandes problemas, como explica Santoro. “Levar o animal sempre na coleira e utilizar a focinheira se for necessário, além de evitar que o mesmo circule nos locais onde  as crianças brincam são alguns exemplos”, completa.


Obras
As obras nos apartamentos devem acontecer entre 8h e 17h, variando de acordo com cada Regulamento. Caso haja demora na conclusão da reforma e muitas reclamações, o síndico pode propor saídas para ambos os lados.

“Aí o bom senso entra mais uma vez, pois a mediação entre os moradores deve ser feita com paciência e cautela. Evitar o barulho no horário de almoço pode ser uma saída”, diz.

A lei é clara nesse caso e prevê a emissão de no máximo 55 decibéis durante o dia e 50 durante a noite para áreas externas e 45 decibéis durante o dia e 40 durante a noite para ambientes internos.

“Além de interferir no sossego coletivo, o barulho em excesso pode apresentar riscos à saúde dos condôminos. Nos casos mais complexos, o infrator deverá ser multado e a obra poderá, inclusive, ser suspensa judicialmente”, conta.






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