Embora a realidade virtual tenha ganhado
força sendo aplicada no ramo do entretenimento, seu uso vai muito além de jogos
2017 já desenha um futuro bem próximo. Com o
desenvolvimento de novas tecnologias, aplicativos já estão abusando do uso da
realidade virtual ou VR como forma de se aproximar cada vez mais de seu
público. Os vídeos em 360º já são sucesso na internet e a sensação de
pertencimento ao cenário gerada por esses vídeos é tanta, que muitas vezes os
usuários acabam acreditando na veracidade da história ou cenário onde está
sendo inserido.
Mas não para fins de divertimento e
entretenimento que a realidade virtual tem sido explorada; ela já ganhou força
em outras áreas e vem sendo bem aproveitada em diversos ramos. Para Maria
Fernanda Lauret, editora de vídeos 360 graus, a Realidade
Virtual possibilita o impulso de diversos outros setores. Confira:
Arquitetura – no espaço da construção, tanto para arquitetos como para designers, a
Realidade Virtual permite habitar espaços em três dimensões. As imagens geradas
reduzem o tempo gasto na criação de layouts e desenhos, diminuindo custos e
aumentando a segurança. Simular o mundo real permite a criação de edifícios e
espaços - da iluminação e pavimento até as fundações – além de possibilitar o
teste dos ambientes antes de os construir. Profissionais da área, por exemplo,
podem realisticamente entender como alguém é capaz de sair do edifício
rapidamente em caso de uma emergência.
Engenharia – a realidade virtual
permite que os engenheiros de automóveis sejam
capazes de testar a segurança dos veículos em um ambiente virtual antes de
fabricá-los. Além do processo de construção, grandes empresas de automóveis,
como a Ford, a Volvo e a Hyundai usam a realidade virtual nas vendas de seus
produtos.
Jornalismo – Vídeos 360
graus também podem ser usados para a produção de vídeos de notícias e
documentários, possibilitando uma matéria mais realística e de total imersão
que envolve o espectador. A sensação é de que os usuários participam
interativamente das histórias em meio aos cenários noticiados.
Medicina – médicos e odontologistas já
estão usando a realidade virtual para preparar estudantes de medicina, em
situações como cirurgia e tratamento de dores. Dessa forma, os erros são
permitidos sem causar nenhum impacto real a pacientes, permitindo que os alunos
desenvolvam suas habilidades. No caso do uso na medicina, a realidade
virtual pode ainda ajudar na recuperação das funções do corpo. Um estudo feito durante um ano, pela Duke University, encontrou enormes
benefícios da tecnologia para paraplégicos.
Negócios – empresas estão começando a adotar o uso da realidade virtual para
reduzir custos no orçamento: ao invés de realizarem viagens para uma reunião,
elas podem aproveitar a tecnologia para a realização de conferências. Com VR é
possivel executar entrevistas, dar passeios e prever tendências. Outras
empresas também se beneficiam da tecnologia para testar segurança e
funcionalidade de produtos sem arriscar a saúde de seus funcionários.
Psicologia – profissionais
da área estão usando a tecnologia VR para aumentar a potencialidade da terapia
tradicional. O objetivo é encontrar tratamentos eficazes para doenças como:
TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático), ansiedade e distúrbios sociais.
Nos Estados Unidos, mais de 40 milhões de adultos sofrem
de ansiedade. O jogo de realidade virtual Deep - "uma versão digital de um
exercício diafragmático" – foi criado para ajudar esses indivíduos a
lidarem com o medo e ansiedade. Através do uso de um cinto que monitora a
respiração, o jogo coloca o usuário em um ambiente natural e os orienta com
exercícios de respiração da barriga, para acalmar os usuários em cerca de cinco
minutos.
Turismo – na indústria de viagens, até o momento, o foco da
realidade virtual tem sido oferecer experiência em 360 graus de destinos ou
produtos. Ou seja, a tecnologia permite que o cliente tenha contato com o
destino antes mesmo de visitar o lugar almejado presencialmente, aumentando a
experiência do viajante.
Maria
Fernanda Lauret - Formada em Comunicação Social - Publicidade e
Propaganda – na UFES. Trabalhou na Rádio Universitária, no Jornal A Gazeta, e
atualmente com Jornalismo e documentários em Realidade Virtual.
Fonte: RYOT
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