terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Inteligência Emocional ganha ainda mais importância em tempos de economia instável



Não é novidade para ninguém que 2016 está sendo um ano difícil para líderes, executivos e gestores de RH. O cenário econômico desfavorável e a consequente necessidade de cortes na folha de pagamento fizeram com que os profissionais que ocupam cargos de liderança tivessem que utilizar com mais frequência habilidades menos palpáveis ligadas à capacidade de se relacionar, liderar e lidar com situações ambíguas. Para 2017, as perspectivas da economia são mais positivas, mas uma coisa é certa: cada vez mais esses profissionais vão precisar saber lidar com maestria com essas habilidades. 

A Inteligência Emocional é uma dessas competências mais “transversais”, que são esperadas e exigidas dos líderes de qualquer empresa. Ela pode ser definida como uma série de competências emocionais e sociais que contribuem para como o indivíduo age, se percebe, se expressa, se relaciona e define como cada um lida com os desafios, algo amplamente utilizado por todos nós (uns melhores, outros piores) no dia-a-dia. 

Por isso, profissionais que ocupam cargos de liderança devem encarar o desenvolvimento da Inteligência Emocional como parte fundamental da carreira. Quando se fala de liderança, não há uma formula única de sucesso. Os parâmetros que definem um bom ou ótimo líder mudam constantemente conforme o contexto no qual ele está inserido em cada momento. Por isso, a Inteligência Emocional bem desenvolvida vira a melhor aliada do líder que quer manter sua produtividade em alta.

Outras competências ligadas à Inteligência Emocional como relacionamento interpessoal, solução de problemas, assertividade e auto percepção são fundamentais para quem quer ser um bom líder. A Inteligência Emocional também desempenha um papel primordial na capacidade de um líder passar por momentos difíceis e solitários, quando o contexto é desfavorável. 

Aliás, a melhor notícia de todas é que, diferentemente de QI ou personalidade, que são majoritariamente fixos ao longo da vida adulta, a Inteligência Emocional pode – e deve – ser aprimorada, sempre.


Benefícios da Inteligência Emocional para as empresas
Um estudo conduzido pelo Centro de Liderança Criativa, um provedor global de educação executiva, mediu a Inteligência Emocional de 302 líderes, entrevistando também seus pares. O resultado mostrou que alguns subgrupos de Inteligência Emocional podiam prever alto desempenho de liderança em 80% dos casos. Um resultado tão expressivo como este não deve ser desprezado.

Por isso, para as empresas, a matemática é simples: líderes com Inteligência Emocional mais desenvolvida desempenham melhor o seu papel, gerando mais e melhores resultados para a organização que os contratou. Competências tais como empatia, independência, assertividade, teste de realidade ou controle de impulsos (para nomear apenas algumas), têm um papel fundamental na habilidade do líder lidar corretamente com os seus desafios e objetivos. 

É importante lembrar também que, num contexto empresarial, líderes são multiplicadores. Ou seja, o seu comportamento afeta – positiva ou negativamente, direta ou indiretamente – um número grande de colaboradores. Líderes com inteligência emocional apurada tendem a ter equipes que rendem mais.


Mensuração de resultados
Já se foi a época em que Inteligência Emocional era intangível e imensurável. Existem algumas avaliações no mercado como, por exemplo, a EQ-i 2.0, que mensuram esse tipo de habilidade com precisão, inclusive considerando a percepção que o restante da organização tem de cada líder. Isto permite traçar um plano de desenvolvimento preciso e assertivo.

Tais ferramentas de avaliação são cada vez mais utilizadas por empresas de diversos portes e segmentos antes e depois do plano de desenvolvimento ter sido colocado em prática. Com isso, elas tornam mais claros os pontos de aprimoramento, além de mensurarem com assertividade quais são os profissionais realmente empenhados em desenvolver suas habilidades não palpáveis. 




Paulo Aziz Nader  - atua como consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching criando programas de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de talentos para empresas de diversos portes e segmentos. É também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™, pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation (ICF) da qual é membro afiliado. Bacharel em Administração de Empresas e gestão internacional de negócios pela ESPM e mestrando em desenvolvimento organizacional pelo INSEAD (Fontainebleau), tem em seu currículo passagens por empresas de grande porte como Microsoft e Facebook. Possui extensões em Leadership & Management pela Harvard University e em Change Management pelo MIT Sloan; é membro afiliado do Institute Of Professional Coaching (IOC), órgão afiliado à Harvard Medical School. www.leveragecoaching.com.br



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