quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mais de 30% dos casos de perdas auditivas em crianças são decorrentes de infecções



Doenças como rubéola, meningite e caxumba estão entre as causas

A perda auditiva é a incapacidade total ou parcial para ouvir o som em uma ou ambas as orelhas. Quando ocasionada na infância, ela interfere no desenvolvimento da linguagem e no processo de aprendizagem. Porém, se o diagnóstico for precoce e os pequenos receberem os tratamentos necessários, eles podem atingir todo o seu potencial ao longo da vida.

Dentre as causas, estimam-se que 40% dos casos são fatores genéticos, 31% surgem por infecções, como rubéola, meningite, sarampo, otites e caxumba e 17% são relacionadas ao parto, como prematuridade, baixo peso ou complicações durante o nascimento.

De acordo com o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci, a perda auditiva  pode ser dividida em quatro graus: a leve, em que há dificuldade para ouvir e entender quando se fala baixo ou a uma certa distância; a moderada, em que  não se consegue ouvir a  fala normal/curta distância; a intensa, que se ouve somente conversas mais fortes e sons mais intensos no ambiente; e a profunda, na qual o paciente tem um perda completa da audição.

O tratamento vai depender da causa da surdez, do tipo e do grau de audição. “Os aparelhos auditivos geralmente são indicados nos casos de pacientes que ainda apresentam um pequeno grau de audição, mas que não conseguem ouvir corretamente. Já o implante coclear é recomendado em condições mais graves, em que se apresenta surdez profunda ou não existe melhora da perda de audição com os aparelhos auditivos e medicamentos. Os remédios são utilizados nas ocorrências mais leves, quando a capacidade de escutar é afetada apenas por alterações nas regiões mais externas do ouvido”, finaliza o especialista.

Para evitar que os pequenos passem por esse transtorno é importante que a mãe, ainda durante a gestação, faça um bom pré-natal e que eles recebam todas as vacinas necessárias. Além disso, o uso de medicamentos deve ser controlado por um especialista, assim como o volume de sons e de barulhos aos quais eles estão expostos.



Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci - sócio da Clínica Dolci ­ Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico ­Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-­Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face.www.facebook.com/clinicadolci

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