Candidíase é uma infecção vaginal causada por fungos do gênero
Candida, ocorre quando o sistema imunológico está debilitado ou quando as
bactérias benéficas na vagina não conseguem manter o fungo (candida albicans)
sob controle. Tais condições podem criar um ambiente adequado para a
proliferação do fungo. Dra. Elizabeth Trezza Ginecologista e Obstetra explica
que trata-se de um microorganismo que existe na flora biológica, presente na
boca e trato digestivo de 50 a 80% da população.
Muito frequente, estima- se que ao longo da vida 75% das mulheres
terão apresentado pelo menos um episódio de candidíase vulvovaginal. O que não
significa necessariamente que a mulher tenha uma infecção. Geralmente, o
sistema imunológico, o PH ácido da vagina e a presença de outros
microorganismos da flora impedem que o fungo causador se desenvolva. “Ela
(candida) é um germe oportunista, que ao menor sinal de desequilíbrio das
defesas corporais, pode se desenvolver e levar à candidíase.” Explica Dra.
Elizabeth Trezza.
O principal e mais incômodo sintoma é o prurido (coceira) na
vagina e na vulva. Pode vir acompanhado de ardência, dor ao urinar e
dispareunia (dor durante o ato sexual), além de vermelhidão na região vulvar. A
ginecologista explica que pode haver um corrimento, que geralmente
lembra um leite talhado, sem odor. Os sintomas da candidíase são mais comuns e
intensos nosdias que antecedem a menstruação.
O tratamento da candidíase é realizado com o uso de antifúngicos,
pode ser administrado na forma de cremes vaginais, óvulos vaginais e via
oral. Nas formas mais simples, a taxa de sucesso do tratamento é de 90%.
Em casos de candidíase recorrente, o tratamento é mais cuidadoso e
pode levar até seis meses. Nessas mulheres o tratamento visa a remoção dos
fatores predisponentes, da infecção atual e a prevenção de uma infecção futura.
Existem alguma situações que favorecem a proliferação da
Candida: alterações da flora bacteriana vaginal, aumento do PH
vaginal (redução da acidez), alterações hormonais e deficiência do sistema
imunológico. Assim, uma queda na imunidade, o uso recente de
antibióticos ou glicocorticóides e a presença de comorbidades como o
diabetes mellitus podem favorecer o desenvolvimento da candidíase.
A Candida, como grande parte dos fungos, adapta-se melhor em
ambientes quentes e úmidos. Desta forma, medidas que visem deixar a vagina mais
arejada contribuem na prevenção à candidíase. Algumas medidas comportamentais
como dormir sem calcinha, não utilizar calcinhas de material sintético, evitar
o uso de absorventes diários, secar as calcinhas em ambiente arejado (nunca no
banheiro), tem se mostrado importantes auxiliares na prevenção e tratamento.
Dra. Elizabeth Trezza - ginecologista e obstetra formada pela
Faculdade de Medicina do ABC. Exerce a medicina há 14 anos e hoje atende
em duas clinicas próprias em São Paulo (na região da Av. Paulista e na Vila
Olímpia). Especializou-se em Ginecologia e Obstetrícia para atender com
excelência o público feminino e assim cuidar e acompanhar as mais diferentes fases
da vida da mulher – da adolescência ao climatério. Dra. Elizabeth também é
especialista em medicina estética, assim disponibiliza atendimento complete às
mulheres.
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