terça-feira, 2 de agosto de 2016

11 Mitos e verdades da amamentação



Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta a população sobre a conscientização da importância do alimento para a saúde dos bebês


A Semana Mundial do Aleitamento Materno, período entre 1 a 7 de agosto, traz em 2015 a discussão sobre o desafio de conciliar trabalho e amamentação. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta e tira as principais dúvidas sobre o aleitamento materno, que além de nutrir, fortalece a relação entre mãe e bebê. Para o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Lima, o leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e deve ser o alimento exclusivo até os seis meses de idade. 

A Semana Mundial ocorre em 120 Países e a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação (WABA) define a cada ano o tema a ser trabalhado na Semana, lançando materiais que são traduzidos em 14 idiomas. 

Conheça os mitos e verdades sobre a amamentação: 

1. A criança pode ser amamentada até três anos de idade ou mais. VERDADE. Embora seja necessário introduzir outros alimentos após o sexto mês de vida, não há duração máxima para o aleitamento, sendo esta uma decisão da mãe.

2. É necessária a higienização das mamas antes e depois do aleitamento com água e gaze. MITO. Não há necessidade de qualquer preparo da mama antes de oferecer o leite materno ao bebê.

3. A química do cigarro e álcool podem ser transmitidas para o bebê pelo leite. VERDADE. Além do álcool e de substâncias presentes no cigarro, até mesmo medicamentos podem passar para o leite materno, e o uso de substâncias deve ser discutido com o médico de confiança.

4. Terapias alternativas, como floral, podem influenciar na qualidade do leite. MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.

5. Canjica e cerveja preta estimulam a produção de leite. MITO. Idem.

6. O colostro, o primeiro leite após o nascimento da criança, é rico em anticorpos e importante para o bebê. VERDADE. O colostro tem papel importante na saúde do bebê, pois transfere anticorpos da mãe para o bebê que podem protegê-lo de infecções enquanto seu sistema imunológico ainda está em formação.

7. Cada mãe produz um tipo de leite diferente. VERDADE. O leite de cada mãe é produzido de acordo com suas características corporais e hábitos de vida.

8. A alimentação e quantidade de água diárias influenciam na qualidade e quantidade de leite. VERDADE. O leite é elaborado a partir dos nutrientes ingeridos pela mãe.

9. A produção de leite é hereditária, se a mãe não conseguiu amamentar, a filha também terá dificuldade. MITO. A produção de leite depende do estado de saúde da mãe e da estimulação do bebê.

10. A amamentação reforça o vínculo entre mãe e bebê. VERDADE. O ato de amamentar aproxima a mãe do bebê, e é importante na formação do vínculo entre eles.

11. Amamentar dói. MITO. Embora em alguns casos a amamentação possa produzir algum incômodo inicialmente, essa queixa costuma desaparecer à medida que a mãe se acostuma. A persistência de dor pode significar algum problema e deve ser comunicada ao médico de confiança. 


Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.
É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.

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