A
fama do Brasil no exterior é de um país amigo, alegre, com um povo acolhedor,
diplomático, sem grandes conflitos com outras nações, apesar da onda de
violência civil que enfrenta. Ou seja, um ótimo anfitrião. No entanto, com a
aproximação dos Jogos Olímpicos, o alerta diante do terrorismo é um fato.
Afinal, o Brasil estará recebendo nações de todo o mundo e com isso, diversas
questões étnicas e religiosas estarão envolvidas.
Muito
se fala na mídia local e no exterior sobre a questão do Zika Vírus, obras
atrasadas, greve de policiais e outros problemas estruturais no Brasil durante
a temporada esportiva, mas um tema importante como o terrorismo, que têm
assustado o mundo, não está sendo tão difundido.
Há
poucos meses foi divulgado um relatório da ABIN (Agência Brasileira de
Inteligência) informando que o Brasil estava bastante exposto a ataques
terroristas durante as Olímpiadas. Inclusive foi confirmada a autenticidade de
um perfil de rede social e de uma mensagem postada em novembro do ano passado
que dizia: “Brasil, vocês são nosso próximo alvo”. Um suposto integrante do
Estado Islâmico teria publicado a ameaça, logo após os atentados na França.
Com
os ataques recentes na França, Bélgica, e outros países da Europa, entendo que
este cenário tem de ser considerado pelo universo do seguro e das consultorias
em riscos corporativos e seus clientes. Principalmente empresas com
operações no Rio de Janeiro, cidade sede do evento.
A
probabilidade de o país ser alvo de terroristas cresceu nos últimos meses
devido aos recentes ataques citados, e também pelo aumento do número de adesões
de brasileiros à ideologia do Estado Islâmico.
Portanto,
amigo ou não amigo, o país reunirá diversas nações, haverá concentrações de
pessoas, aglomerações, e isso é um chamariz para este tipo de ataque. Assim
como Governo e Federações, as empresas também podem e devem se proteger com
seguros adequados aos seus perfis.
Que
locais estariam mais expostos? Bom, diante de uma cidade com um evento tão
grandioso é difícil prever, mas meios de transportes, estádios, shoppings,
hotéis, hospitais, tanques de armazenamento de material inflamável, pontes,
túneis, atrações turísticas, estações de tratamento e abastecimento de água,
empresas de comunicação e infraestrutura, representações estrangeiras e seus
eventos, marcas icônicas, entre outros, são locais com maior exposição,
certamente.
Aqui
no Brasil, o seguro contra o terrorismo é pouco difundido, mas pode proteger as
empresas dos danos materiais sofridos por ela, além de lucros cessantes,
remoção e proteção de salvados, despesas de salvamento, danos materiais
decorrente da tentativa de evitar o sinistro, etc. Essas exposições ocorrem
antes, durante e depois do evento, por isso todo cuidado é pouco.
É
preciso adequar a estrutura da empresa à realidade do evento e ao tipo de
cobertura: reunir 10 ou 20 pessoas é diferente de reunir milhares. Portanto, as
coberturas e valores podem variar muito. Algumas podem chegar a dezenas de
milhões, de acordo com o grau de exposição – o que ajuda a mitigar riscos e
danos imensuráveis.
Terrorismo
no Brasil parecia algo distante e inimaginável, mas não dá para pagar para ver
se ele está na nossa porta.
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