Além das doenças, outros fatores, como
idade, hábitos e anomalias congênitas, podem ser fatores de risco; medicina
reprodutiva oferece solução à maior parte dos casos
“Sintomas leves, como a febre, algumas vezes não são levados a sério. Quaisquer sinais de alteração, por mais sutis que sejam, podem indicar a presença de fungos, protozoários, bactérias ou vírus, que podem oferecer riscos ao bebê”, explica a Dra. Melissa Cavagnoli, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington. Por conta dessas infecções, a gestante sai da primeira consulta do pré-natal com uma série de exames para fazer, como sorologia para HIV, toxoplasmose, rubéola e coleta de urina.
Esse receio é justificável, pois o período da gestação em que a infecção é diagnosticada faz toda a diferença no tratamento. “Quanto mais cedo a mulher for acometida por uma infecção na gravidez, piores são os potenciais efeitos”, segundo a especialista. “Antes do terceiro trimestre estão os maiores perigos, pois o bebê ainda está em desenvolvimento. A partir dessa fase, ele já está formado e é menos vulnerável - embora também possa sofrer sequelas”.
Quais são essas infecções?
A infecção urinária - que acomete metade das mulheres ao longo da vida –, por exemplo, “não gera alterações fetais, mas pode restringir o crescimento do bebê e causar um parto prematuro”, segundo a médica. Em casos mais graves, quando nenhum tratamento é ministrado, mãe e filho podem correr risco de vida. A vaginose bacteriana, que também é bastante frequente, diminui os lactobacilos que protegem a região, eleva a quantidade de bactérias e pode causar a ruptura da bolsa. Toxoplasmose, catapora, periodontite e doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.
As infecções são responsáveis por grande parte dos abortos espontâneos, mas podem não ser o único motivo para a recorrência. “A idade da mãe e a relação com a queda da qualidade ovariana, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas, doenças celíacas, anomalias congênitas e até mesmo já ter passado por abortos espontâneos podem aumentar a probabilidade de sofrer outro”, ressalta a Dra. Melissa.
Caso se mantenha a dificuldade para engravidar ou os abortos de repetição, mesmo sem infecções, a recomendação do médico é “buscar um especialista em saúde fértil, para que o quadro seja analisado corretamente e haja possibilidade de diagnóstico e tratamento”. Ainda segundo a médica, sejam as causas vinculadas a doenças ou particularidades dos pacientes, poucas não têm solução. “As infecções podem ser tratadas pontualmente e resultar em uma gestação segura e saudável. Para os demais casos , as técnicas da medicina reprodutiva podem reverter a maioria das dificuldades, tendo como resultado final a gravidez”.
Huntington Medicina Reprodutiva - www.huntington.com.br
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