sexta-feira, 22 de julho de 2016

Câncer de mama tem mais de 90% de chance de cura se diagnosticado precocemente




Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 60 mil mulheres morrem anualmente por algum tipo de câncer. Entre eles, o câncer de mama ainda é o mais comum. De acordo com a médica patologista Cristiane Nimir, especialista em mama e integrada ao núcleo de mastologia do hospital Sírio-Libanês, esse alto número poderia ser diminuído com exames periódicos. “Caso seja diagnosticado precocemente, a chance de cura é superior a 90%”, destaca.

A especialista explica que a melhor maneira de fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama é o autocuidado. A realização do autoexame da mama deve ser feita mensalmente e, na presença de alguma anormalidade, um médico deve ser procurado. “O autoexame é fundamental para a mulher se conhecer, e, a partir disso, qualquer alteração ela conseguirá perceber. Mas, vale lembrar que ele não substitui a mamografia”, alerta. 

Diagnóstico

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço, ou um endurecimento da mama. Outros sinais incluem irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, dor no mamilo, vermelhidão ou descamação e saída de secreção.

Após o diagnóstico completo com biópsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno, o médico pode fazer a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso. “A ordem do tratamento depende das condições em que o tumor foi diagnosticado”, afirma Cristiane.

Alguns fatores de risco são comprometedores para aumentar a chance da mulher em desenvolver o câncer de mama: primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) associada a menopausa tardia, obesidade, sedentarismo, tabagismo e alimentação não saudável, além do uso contínuo de anticoncepcionais, de terapias com reposição hormonal e de antecedentes familiares de câncer de mama. “Ter conhecimento desses fatores é fundamental para melhorar os hábitos de vida”, ressalta.




Cristiane da Costa Bandeira Abrahão Nimir - Especialista em patologia mamária. Integrada ao Grupo de Mastologia do hospital Sírio Libanês e do Centro de Oncologia do Hospital São José. Patologista da Sociedade Brasileira de Mastologia. Exposta a uma amostra com cerca de 3000 casos de patologia mamária por ano. Tornou-se referência nacional em patologia mamária. Autora e co-autora de diversos capítulos de livros, inclusive na enciclopédia adotada como referência na área na América Latina. 

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