Dados
do Ministério da Saúde mostram que cerca de 60 mil mulheres morrem anualmente
por algum tipo de câncer. Entre eles, o câncer de mama ainda é o mais comum. De
acordo com a médica patologista Cristiane Nimir, especialista em mama
e integrada ao núcleo de mastologia do hospital Sírio-Libanês, esse alto número
poderia ser diminuído com exames periódicos. “Caso seja diagnosticado
precocemente, a chance de cura é superior a 90%”, destaca.
A
especialista explica que a melhor maneira de fazer o diagnóstico
precoce do câncer de mama é o autocuidado. A realização do autoexame da mama
deve ser feita mensalmente e, na presença de alguma anormalidade, um
médico deve ser procurado. “O autoexame é fundamental para a mulher se
conhecer, e, a partir disso, qualquer alteração ela conseguirá
perceber. Mas, vale lembrar que ele não substitui a mamografia”,
alerta.
Diagnóstico
O
sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço, ou um
endurecimento da mama. Outros sinais incluem irritação da pele ou aparecimento
de irregularidades, dor no mamilo, vermelhidão ou descamação e saída de
secreção.
Após o
diagnóstico completo com biópsia para descobrir se o tumor é benigno ou
maligno, o médico pode fazer a indicação de cirurgia, quimioterapia e
radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso. “A ordem do
tratamento depende das condições em que o tumor foi diagnosticado”, afirma
Cristiane.
Alguns
fatores de risco são comprometedores para aumentar a chance da mulher em
desenvolver o câncer de mama: primeira menstruação precoce (antes dos 12
anos) associada a menopausa tardia, obesidade, sedentarismo,
tabagismo e alimentação não saudável, além do uso contínuo de
anticoncepcionais, de terapias com reposição hormonal e de antecedentes
familiares de câncer de mama. “Ter conhecimento desses fatores é fundamental
para melhorar os hábitos de vida”, ressalta.
Cristiane da Costa Bandeira
Abrahão Nimir - Especialista em patologia mamária. Integrada ao
Grupo de Mastologia do hospital Sírio Libanês e do Centro de Oncologia do
Hospital São José. Patologista da Sociedade Brasileira de Mastologia. Exposta a
uma amostra com cerca de 3000 casos de patologia mamária por ano. Tornou-se
referência nacional em patologia mamária. Autora e co-autora de diversos
capítulos de livros, inclusive na enciclopédia adotada como referência na área
na América Latina.
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