Tomar sol é fundamental para o corpo obter essa vitamina, mas é preciso ter cautela na reposição
A deficiência de vitamina D no organismo de
pessoas de diferentes idades já se tornou uma situação muito comum e cerca de
90% da população mundial apresenta essa defasagem. A grande causa disso é a
vida indoor que a maioria das pessoas leva sem exposição ao sol, que é a
maior fonte dessa importante vitamina.
Apesar de ter esse nome, a vitamina D é
considerada um hormônio que, em baixos níveis, favorece o surgimento de doenças
como câncer, osteoporose, hipertensão, diabetes, derrames, distúrbios
psiquiátricos e doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico da
própria pessoa ataca e destrói os tecidos saudáveis do corpo.
De acordo com dr. Guilherme Loureiro,
obstetra da Maternidade Pro Matre Paulista, a carência de vitamina D pode ter
consequências preocupantes para gestantes. “Baixos níveis de 25 OH
Colecalciferol (vitamina D) podem induzir um parto prematuro, aumentar as
chances de pré-eclâmpsia – que é a hipertensão arterial específica da gravidez
– e fazer com que o bebê também nasça
com a deficiência da vitamina. Outro fator comprovado ligado à falta do
hormônio é que mães que não estão com seus níveis de vitamina D em dia durante
a gestação dão à luz mais facilmente a bebês com autismo”, concluiu o médico.
Em contrapartida, bons níveis de vitamina
D representam benefícios à saúde da mulher, e quando em idade fértil, seu papel
é induzir melhor a ovulação. Já na gravidez, frente a organismos patológicos,
reduz consideravelmente os riscos de pré-eclâmpsia por promover uma melhor
adaptação da placenta com o organismo materno.
Para repor a vitamina D e evitar danos à
saúde é importante manter uma dieta saudável, composta por carnes, peixes,
leites e ovos, por exemplo, mas o banho de sol é a opção mais natural.
Entretanto, as questões sobre câncer de pele e proteção solar não deixam que o
hormônio seja absorvido. Isso por que o uso ininterrupto do protetor solar tem
protegido a pele, mas deixado o organismo órfão da vitamina que ajuda na saúde
do corpo e até no bom funcionamento da mente. “A vitamina D só é absorvida
adequadamente com a exposição da pele direto ao sol, completamente livre de
outras barreiras. O certo seria ficar no sol sem protetor solar por 15 minutos
diariamente, fora dos horários de sol a pino, até às 10h e depois das 17h”,
afirma dr. Guilherme Loureiro.
O consumo da vitamina D encapsulada ou em
solução também é uma alternativa, mas é importante que seja sempre prescrita
por um médico de acordo com a necessidade do paciente, pois a vitamina D,
apesar de se fazer essencial, pode ser tóxica. Ingestões excessivas resultam em
hipercalcemia, levando a depósitos de cálcio nos rins, artérias, coração e
pulmões, isso porque a vitamina D estimula o processo
de formação de cálcio no organismo.
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