segunda-feira, 4 de julho de 2016

Eles não pediram para sair na ‘selfie’



No mês passado acompanhamos trágicas e tristes notícias envolvendo o Homem e algumas espécies de animais selvagens. O gorila morto em um zoológico de Cincinatti, EUA; o elefante morto no Camboja; e a onça Juma morta aqui no Brasil. Mortes naturais? Não. Mortes provocadas pela ação (des)humana.

Pelo resto do mundo escutamos, assistimos e lemos quase toda semana matérias sobre o impacto ambiental provocado pelo contato humano com as mais variadas espécies de animais selagens e silvestres. Nós, seres humanos, precisamos aprender a respeitar a importante condição natural dos animais (selvagem, silvestre, etc), e saber que alguns podem ser domesticados e outros não. E mais. Devem respeitar a condição de serem e ainda estarem selvagens e silvestres, evitando qualquer forma de aproximação e contato.

O contato dor ser humano com espécies selvagens ou silvestres é potencialmente lesiva e danosa, tanto a eles quanto para nossa espécie. No Brasil, diversas ONG’s e o IBAMA fiscalizam essa proteção, e são responsáveis pela readaptação e reinserção de algumas espécies, vítimas da ação humana, aos seus habitats naturais.

Nas palavras do sábio Gandhi, “o grau de evolução de uma sociedade pode ser avaliado pelo modo como essa sociedade trata suas crianças, seus idosos e seus animais. ” Quem sabe um dia as enciclopédias e a internet possam de vez substituir a medíocre “cultura” dos zoológicos e dos parques que escravizam orcas, leões, tigres e golfinhos.
           
Eles não pediram para sair na ‘selfie’. Eles não pediram, sequer, para estar em cena.

João Paulo Sangion - professor de Direito Ambiental e especialista em causa animal e criminologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.





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