quarta-feira, 29 de junho de 2016

Castanha: o bendito fruto da Amazônia para uma vida saudável



 ·         Uma castanha-do-brasil por dia oferece inúmeros benefícios à saúde, incluindo o combate ao Alzheimer e às doenças arteriais crônicas, além de ser aliada de quem quer emagrecer

·         Cultivado na Amazônia, o fruto também ajuda a manter a maior floresta tropical do mundo em pé, e ainda gera negócios sustentáveis para as comunidades


Fruto de uma grande castanheira, árvore nativa da Floresta Amazônica, a castanha-do-brasil, do Pará ou da Amazônia é uma grande aliada para uma vida saudável. Um estudo comprova que o consumo diário de selênio – presente em altas concentrações do fruto – é capaz de melhorar o desempenho de idosos em testes cognitivos. A descoberta da pesquisadora Bárbara Cardoso, da USP (Universidade de São Paulo), lhe rendeu o 1º lugar na categoria mestre e doutor no 18º Prêmio Jovem Cientista.

A pesquisa, que está movimentando a indústria farmacêutica em testes nos laboratórios da Universidade de Melbourne, na Austrália, aponta apenas um dos benefícios do fruto. Nutricionistas, nutrólogos e médicos do Esporte costumam indicar o consumo de uma castanha por dia para ajudar no emagrecimento. Outro ganho com a castanha-do-pará é a redução em até 60% do risco relativo de desenvolver doença arterial crônica, quando consumida pelo menos cinco vezes por semana.

Cultivada no Amazonas desde a década de 1960, a produção da castanha representa uma das formas de substituir o desmatamento da pecuária por plantios intensivos da castanheira. Além do fruto, a castanheira fornece insumos para a indústria de cosméticos.

O desenvolvimento desta, e de outras matrizes econômicas, faz parte de um dos pleitos do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas). A entidade quer abrir os olhos do governo e da sociedade para que não haja mais a dependência de uma única fonte econômica, como é o caso do modelo da Zona Franca de Manaus hoje, e como foi há quase um século, com o Ciclo da Borracha, responsável por 45% do PIB do Brasil por três décadas e que, ao quebrar, destruiu a economia do Amazonas. “Aprender com os erros do passado é afastar uma possível crise. Além de suas propriedades que auxiliam na manutenção da saúde, a castanha-do-pará é uma importante aliada no desenvolvimento econômico sustentável da região”, comenta Wilson Périco, presidente do CIEAM.

A castanha-do-brasil é uma amostra perfeita do potencial da maior floresta tropical do mundo, fruto de alto valor proteico, parte da alimentação milenar dos indígenas e do povo da Amazônia. Além de promover a saúde, movimenta negócios para as comunidades e, o melhor, mantém a tão valiosa região em pé.

“As castanheiras são ótimos exemplos das infinitas possibilidades de negócios que a flora amazônica oferece. Com tantos problemas enfrentados no PIM (Polo Industrial de Manaus), é mais do que necessário pensar em novas matrizes econômicas, novas fontes de renda, aproveitando a vocação da nossa região, tão rica em recursos naturais, tudo de forma sustentável”, afirma Périco.



Sobre o CIEAM
O CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), constituído há 36 anos, tem como principal atribuição atuar de forma técnica e política em defesa de suas empresas associadas e dos princípios da economia baseada na livre iniciativa. Com sua longa experiência, o CIEAM está preparado para assistir as empresas associadas que estão iniciando suas atividades, e as que se encontram em fase de expansão e diversificação de seus mercados. Priorizando a competitividade da Zona Franca de Manaus, seus principais pleitos são o aproveitamento dos recursos recolhidos pelas indústrias para o desenvolvimento da Amazônia Ocidental, como previsto em lei, a criação de novas matrizes econômicas, para que a região não dependa exclusivamente do modelo Zona Franca, e a união entre indústria e academia para a formação de pesquisadores com foco em inovação. O Polo Industrial de Manaus arrecada cerca de R$ 20 bilhões por ano em impostos e contribuições

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