Para proporcionar uma visão realista do trânsito, os
simuladores reproduzem situações adversas.
Foco do Movimento Maio Amarelo, redução
de acidentes de trânsito pode ser um dos reflexos do uso do equipamento na
formação de condutores
Sensibilizar
a sociedade para o papel de cada indivíduo na redução do índice de acidentes de
trânsito. Este é o propósito do movimento Maio Amarelo, que encerra a sexta edição com ações programadas até
31 de maio, envolvendo centenas de empresas e entidades em prol da causa. A
partir de ações diversificadas, a iniciativa convida todos a refletirem acerca
da importância do tema segurança viária e da responsabilidade que possuem no
trânsito.
A
incumbência por manter a segurança nas vias urbanas é de todos os usuários –
motoristas, pedestres, ciclistas e passageiros. Porém, exige-se, especialmente
dos motoristas de veículos motorizados, atenção, cuidado e respeito essenciais
a um trânsito mais humano e seguro. Uma das maneiras de proporcionar, ainda
durante a formação dos condutores, esta consciência, é a utilização de
simuladores de direção veicular. Os equipamentos são obrigatórios desde julho
passado em todo território nacional pela resolução nº 543/15 do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aos candidatos à categoria B da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Realizadas
em ambiente controlado, as aulas no simulador permitem ao aluno um aprendizado
seguro, no qual ele pode errar com segurança até aprender manobras e a condução
em si, autoconfiança que leva à redução do índice de acidentes, sobretudo os
ocorridos entre motoristas iniciantes. “Estudos da Southern
Califórnia Research Institute, nos Estados Unidos, associam o uso do equipamento na formação de condutores à possível
diminuição de até metade do número de acidentes”, ressalta o Gerente de
Negócios da Mobilis, Jobel Araújo. A empresa é especializada em soluções
tecnológicas e lançou, recentemente, uma linha de simuladores com software
exclusivamente pedagógico.
Pioneiro na implantação de simuladores,
o estado do Rio Grande do Sul ilustra a abrangência dos benefícios do produto,
que vão ao encontro da construção de um trânsito com menores índices de
acidentalidade. Segundo o presidente do
Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul (SindiCFC-RS), Edson Luis da
Cunha, com o uso do simulador há um ganho de tempo no aprendizado após o aluno
embarcar no veículo, pois ele já domina os pedais, marchas e a partida do
veículo.
Consciente das
próprias falhas, o condutor desenvolve um olhar mais cauteloso no trânsito,
comportamento que acaba por contribuir para redução do número de acidentes. Dados do Detran-RS e
do Ministério da Saúde revelam que, entre 2014 e 2015, houve redução de quase
15% dos mortos em acidentes de trânsito no estado. “Até o momento, essa queda é
atribuída a um conjunto de decisões e ações educacionais tomadas pelo Detran e
pelo Governo, o que inclui o simulador de direção”, pondera o presidente.
Década
de Ação para Segurança no Trânsito visa reduzir número de acidentes
Reduzir
o número de acidentes tornou-se um dos assuntos em pauta na agenda mundial em
2011, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. O intuito é que governos de todas as nações se
engajem em ações para prevenir os acidentes de trânsito, que, conforme o órgão,
ferem anualmente e em âmbito mundial, de 20 a 50 milhões de pessoas. Por ter
sido decretada no mês de maio, o movimento ficou conhecido como Maio Amarelo.
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