segunda-feira, 23 de maio de 2016

25/05 é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla: independência é o tema de 2016





Especialista do Instituto de Neurologia Santa Paula dá dicas aos portadores da doença que acomete 2,3 milhões de pessoas no mundo

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é comemorado oficialmente na última quarta-feira de maio de cada ano desde 2009. Trata-se de uma iniciativa da Federação Internacional de Esclerose Múltipla para compartilhar histórias e sensibilizar a população com um tema diferente a cada ano. Conhecido mundialmente como World MS Day, o tema de 2016 é 'Independência' e tem como objetivo mostrar como as pessoas com esclerose múltipla podem ser independentes sem que a doença afete as chances de ter uma vida normal e mais ativa.

A esclerose múltipla é uma doença silenciosa que ataca o cérebro e causa danos na audição, fala, visão e movimentos. É uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Ela afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central) e acomete, na maioria das vezes, mulheres brancas e indivíduos jovens.

O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 30 mil delas no Brasil. Pode atingir pessoas de qualquer idade, com maior frequência em indivíduos de 20 a 40 anos.

A doença manifesta-se sempre de forma isolada, não sendo hereditária. O problema tem diversas causas como gene de suscetibilidade, dieta inadequada, problemas hormonais e infecção com o vírus Epstein-Baar, responsável pela mononucleose – mais conhecida como Doença do Beijo.

Sintomas

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados e duram mais que 24 horas: turvações da visão, pequenas alterações no controle da urina, fraqueza em partes isoladas do corpo, formigamento das pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor, falta de coordenação motora, perda de audição, fadiga, entre outros. A esclerose múltipla se manifesta por surtos que começam de repente, atingem o ápice e cessam.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da espinha. Eles são importantes para sua confirmação e também para afastar outras doenças que podem simular a esclerose múltipla. Entre os principais sintomas estão:

- Turvações e perda da visão;
- Pequenas alterações no controle da urina;
- Fraqueza em partes isoladas do corpo;
- Formigamento das pernas ou de um lado do corpo;
- Desequilíbrio;
- Falta de coordenação motora;
- Fadiga.

Independência e qualidade de vida

A descoberta da doença pode afetar de forma significativa a autoestima do paciente.  Para superar o problema, o ideal é buscar uma vida mais saudável e independente conforme os relatos encontrados no site oficial do Dia Mundial da Esclerose Múltipla Worldmsday (http://www.worldmsday.org/pt-pt/stories/).

Para enfrentar o diagnóstico, Renata explica que é necessário manter uma vida ativa por meio de atividades físicas e experiências agradáveis. “A descoberta da doença pode impactar. Portanto, a melhor maneira de lidar com isso é ter um estilo de vida mais leve. As pessoas que vivem de forma mais ativa sofrem menos com a doença”, afirma.

Tratamento

A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas existem meios de diminuir a progressão da doença. Veja algumas recomendações da especialista:

- Tenha acompanhamento médico regular e tome a medicação corretamente;
- Mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e qualidade de vida, considerando uma parte do dia para relaxar;
- Evite temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas pré-existentes ou até induzir novos surtos;
- Faça fisioterapia quando os movimentos forem comprometidos;
- Em surtos agudos fique em repouso;
- Faça exercícios físicos para auxiliar o processo de recuperação após um surto.

 

 Hospital Santa Paula 
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000 

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