A Salute explica os
sintomas e ensina como se prevenir
Asma,
alergia, artrite reumatoide, rinite, conjuntivite, lúpus e uveíte: você sabe o
que essas doenças têm em comum? Além de serem provocadas por processos
inflamatórios, elas utilizam, na maioria das vezes, o corticosteroide, mais
conhecido como corticoide, como principal tratamento.
Os
corticoides são hormônios produzidos nas glândulas suprarrenais e atuam como
anti-inflamatórios potentes, eficazes no combate às doenças que são causadas
pelo sistema imunológico e no controle de inflamações provocadas no processo
alérgico.
Os
tipos mais usados na medicina são: prednisona, prednisolona, hidrocortisona,
dexametasona, metilprednisolona e beclometasona. Eles podem ser de uso tópico,
nasal, oral ou injetável.
Apesar
dos inúmeros benefícios no controle de inflamações, o que muitos não sabem é
que, em doses indevidas, os medicamentos à base de corticoides podem causar
doenças sérias nos olhos, como catarata e glaucoma.
A
catarata é uma doença que causa a diminuição progressiva da visão, necessitando
de cirurgia para a correção. Entre os sintomas mais comuns estão: visão
borrada, ofuscamento, cores mais opacas, baixa visão noturna e visão múltipla.
Já
o glaucoma é uma doença que ocorre quando há lesão do nervo óptico, que
acontece, na maioria das vezes, por conta do aumento da pressão ocular. O
problema é sério, pois pode causar uma cegueira irreversível. O principal
sintoma é a "visão tubular”, que costuma aparecer já na fase avançada. O
glaucoma estreita progressivamente o campo visual do paciente, conforme a
doença avança.
O
oftalmologista da Salute Clínicas Especializadas, Dr. Christopher Morais,
explica como o corticoide pode desencadear os problemas. “A substância pode
acelerar a formação de uma catarata e também levar ao glaucoma, pelo aumento da
pressão ocular que o medicamento pode provocar”, explica. O médico ainda afirma
que, com a retirada do medicamento, a hipertensão nos olhos pode acabar, mas
que, em alguns casos, é necessário o uso de alguns colírios específicos para
controlar a pressão ocular. Já a catarata não regride com a suspensão da substância.
“Uma vez formada, ela só pode ser corrigida por meio de cirurgia”, alerta o
especialista.
Apesar
dos riscos, o Dr. Christopher explica que nem todo mundo que usa o medicamento
vai adquirir as doenças. Mesmo assim, ele diz que a substância deve ser usada
com cautela. “Mesmo sendo baixo, o risco existe, principalmente se o
medicamento for usado de forma inadequada, por longo tempo e sem o
acompanhamento médico”, afirma.
Ele
reforça ainda a importância do acompanhamento médico durante o uso do
corticoide. “O medicamento não deve ser interrompido de forma súbita, porque
isso também pode trazer sérios riscos. O ideal é que o médico que prescreveu a
substância faça todo o controle do uso. Para isso, o paciente deve seguir
rigorosamente as instruções que foram passadas”, alerta o médico.
Além
disso, para manter a saúde dos olhos em dia e evitar complicações decorrentes
de medicações, é recomendado fazer o exame oftalmológico anual preventivo, que
é fundamental para detecção e tratamento precoce da catarata e do glaucoma,
além de outras doenças que atingem a visão.
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