Para muitos pais é normal
levar seguidamente seus filhos ao pediatra, principalmente nos primeiros anos
de vida. Depois, conforme a criança cresce, as consultas são mais espaçadas e,
em alguns casos, o retorno ocorre apenas quando necessário, muitas vezes,
quando aparecem sintomas visíveis. E não é raro também o abandono das
consultas. Esta é a síntese apontada pelo médico Sylvio Renan Monteiro de
Barros, pediatra com mais de 30 anos de atuação em hospitais públicos, privados
e em sua clínica, a MBA Pediatria.
“A pediatria parte do
princípio de que o corpo da criança é inconcluso, que está em pleno
desenvolvimento e em crescimento. Levar os pequenos ou os adolescentes ao
pediatra é uma atitude preventiva que, antes de pensar em crianças doentes,
deve-se pensar em crianças saudáveis e na manutenção de sua saúde”, esclarece
Sylvio Renan.
Com o intuito de não
comprometer a saúde, a recomendação é que o acompanhamento por um pediatra seja
feito a partir do nascimento e até mesmo por volta dos 21 anos de idade. As
consultas devem ser mensais durante o primeiro ano, trimestrais, durante o
segundo ano, semestrais, dos 3 aos 7 anos, e anuais até os 21 anos, fase final
do crescimento.
Visto como exagero por
muitos, a cada ano a área pediátrica vê aumentar o caso de pais que abrem mão
das consultas periódicas e retornam aos consultórios quando seus filhos não
apresentam uma boa saúde e são diagnosticados com doenças que poderiam ser
evitadas ou tratadas a tempo, caso tivessem acompanhamento regular.
Para o pediatra Sylvio Renan, da clínica MBA Pediatria, algumas das doenças
diagnosticadas tardiamente, muito em virtude do afastamento do consultório
pediátrico, são o diabetes, as doenças de tireoide, doenças endócrinas, e até a
Doença Renal Crônica (DRC). “Quando diagnosticadas precocemente, essas doenças
podem ser bem controladas antes que ocorram sequelas importantes. E é nas
consultas que podemos trabalhar na prevenção, como é o caso das vacinas, que têm
indicação para cada fase da vida”, relata o pediatra.
O pediatra revelou que a
maioria dos pais realiza o acompanhamento regular dos filhos nos primeiros anos
de vida. A partir dos 4 anos, a tendência é ocorrer um espaçamento nas
consultas, seja por esquecimento ou por falta de conhecimento da necessidade
das visitas.
Outra importante função da
consulta ao pediatra é a capacidade que o médico tem em olhar aspectos afetivos
e comportamentais, que geralmente afetam a saúde da criança. Caso da obesidade
infantil, decorrente de maus hábitos alimentares. “Muitas vezes, quando os pais
retornam ao pediatra, é constatado que o peso está fora do estabelecido para a
idade e estatura dos filhos. Do mesmo modo, os problemas de crescimento, que
não são comportamentais, mas podem ser prevenidos com as visitas regulares”,
esclarece Sylvio Renan.
Acompanhar o
desenvolvimento dos adolescentes também é de extrema importância. Nesta fase
ocorre o crescimento físico exponencial e as alterações psicológicas, que devem
ser monitoradas para garantir que se torne um adulto forte, saudável e capaz.
Para os meninos, é indicado consulta anual e, em casos pontuais, como quando há
comprometimento do sistema reprodutor, será encaminhado para um especialista.
Para as meninas, além das visitas anuais ao pediatra, é necessário procurar um
ginecologista, que informará a periodicidade das consultas”, explica o
pediatra.
Vacinas
Para a prevenção de
inúmeras doenças a vacinação é fundamental, sobretudo na infância e na
adolescência. A coqueluche, doença
infecciosa aguda, transmitida pelas vias respiratórias e que compromete o
aparelho respiratório, teve um grande aumento
no número de casos nos últimos anos. Segundo alguns especialistas, muito em
virtude do abandono da vacinação em crianças e adolescentes.
No mesmo rol
das vacinas também está o HPV, vírus
que atinge a pele e as mucosas e que pode causar verrugas ou lesões percursoras
de câncer. A prevenção
do HPV e do câncer do colo do útero inicia-se com uma vacina própria para as
meninas, já a partir dos 11 anos de idade.
“Infelizmente,
há muito tabu e falta de conhecimento no que diz respeito às vacinas. O medo
tem afastados os pais – e seus filhos – da imunização. Este é um fenômeno
mundial, quase sempre baseado em falsas informações, e que prejudicam
negativamente a proteção de crianças e adultos contra moléstias infecciosas”,
diz o pediatra, que é o autor do livro Pediatria Hoje, em que discorre seu olhar cuidadoso e sensato sobre as atualizações
da medicina, sobretudo na pediatria, com foco nos pais, cuidadores, educadores
e profissionais de saúde.
Prevenção
De acordo com a OMS
(Organização Mundial da Saúde), existe uma tendência de as crianças nascidas
atualmente viverem até os 120 anos de idade. Para Sylvio Renan isso aumenta a
responsabilidade da pediatria em proporcionar uma vida mais saudável, com
orientações de dietas, atividades e atitudes que proporcionarão às crianças de
hoje um crescimento mais saudável, como base de um alicerce que permitirá não
só a longevidade, mas ter qualidade de vida no futuro.
Doenças que podem ser prevenidas com a vacinação
·
Meningites;
·
Poliomielite;
·
Rotavirose;
·
Caxumba;
·
Sarampo;
·
Catapora;
·
Coqueluche;
·
Hepatites;
·
HPV;
·
Rubéola;
·
Febre Amarela;
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros
– CRM SP-24699 - Autor
do livro "Seu bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12
meses" e do livro “Pediatria Hoje”|Formado pela Faculdade de Medicina do
ABC | Especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de
Pediatria e General Pediatric Service da University of California - Los Angeles
(Ucla) | Atuou por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi
diretor técnico do Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao
seu consultório, a MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos.
MBA
Pediatria - http://mbapediatria.com.br/
- http://twitter.com/#!/mba_pediatria
- https://www.facebook.com/mbapediatria
- http://www.youtube.com/user/MbaPediatria
- Blog do Pediatra: http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário